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Neste último fim-de-semana fui à Feira do Livro.
Um dia de calor passado entre as barraquinhas das editoras, leitores compulsivos ou de ocasião, amigos do alheio, amigos alheados, simples curiosos e um desfile de estrelas das letras, dignas de uma colecção de luxo de um qualquer grémio literário.
Na minha caderneta de cromos escritores, colei visualmente a imagem de Maria Filomena Mónica, Maria de Lourdes Modesto, Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada e olhem agora estes: José Luís Peixoto, José Saramago, António Lobo Antunes, Pepetela, José Eduardo Agualusa, José Rodrigues dos Santos...
Acho que este Sábado, 02 de Junho, foi o dia mais forte da Feira do Livro deste ano. Quiçá de sempre.
Um mar de gente, onde ainda deu para avistar a Helena Laureano e a filhota, a Helena Roseta e os jornalistas e o Daniel Nascimento e as suas mariquices, formava fila indiana para autógrafos, para ir à casa-de-banho, para comprar um gelado ou até para poderem atar o cordão do sapato à sombra.
Como é que se ata algo a uma sombra? Talvez J.M. Barrie, criador de Peter Pan, soubesse responder a esta questão para um milhão de euros, mas como ele já morreu, não compareceu a esta 77ª edição da Feira do Livro. Acho a justificação razoável.
Quatro-fileiras-quatro de pavilhões de editoras. Quatro-viagens-quatro de sobe-e-desce no Parque Eduardo VII. Pés cansados, pernas doridas e reputação manchada.
É já a segunda vez este ano que escrevo sobre actividades no parque mal afamado.
Sendo a pedofilia e a prostituição algumas das famigeradas atracções do Parque Eduardo VII, parece-me que optar por uma visita à Estufa Fria antes, e uma Feira literária agora, é desprezar todo um esforço turístico de quem dá o corpo por aquela causa. Literalmente.
Entretanto, o caldinho de caprichos que fazem parte da minha personalidade, começou a ferver: Eu queria comprar um livro! Eu tinha que comprar um livro! Mas tinha que obedecer a três condições: Ser uma pechincha; ser volumoso; ser um romance de aventuras.
E foi assim que comprei "Ouro Inca", de Clive Cussler.
Para um Verão bem alienado, como se pretende na 'silly season'.
Acho que o Lobo Antunes e o Saramago compreenderão porque os deixo para ler no Inverno.
Para mais, se nem sequer conseguir chegar a meio, sempre farão uma boa fogueira até ao fim.
7 comentários:
Tás DU BEST!!!!
Gostei. A sério, que eu não minto (muito).
Bejufas
Flora:
Acabei de vir da tua casa (a da blogosfera),onde manifestei-me contra o fim da democracia no "Devagar, mas com confiança", eh! eh!
Pois aqui pode entrar toda a gente.
Até tu, Hugo Chávez, digo... Flora.
Beijos.
Ai que o menino é mau!
Então não é suposto comentar o que se escreve?!
E essa de me chamares Hugo Chávez é boa... Não foi neste blog que eu li algo como "isto é uma democracia, mas quem manda aqui sou eu"?!
Ainda estou a pensar. A decisão será brevemente comunicada.
Beijos.
Sou fã de livros e estive lá nesse dia também, adorei!
Parabéns pelo blog está espectacular vou ler mais vezes...
Anónimo:
Se gosta de livros e deste blog, é concerteza BOA pessoa.
Embora um pouco tímido/a.
Gosto de tratar os BONS pelos nomes.
Da próxima vez gostava que assinasse, 'tá bem?
Volte sempre.
Gosto muito de ir a feiras do livro,sempre que vou a uma compro sempre um livro...é inevitavel!!!
n.m.:
Ler é das melhores coisas da vida.
Informarmo-nos, viajarmos para outras paragens, vestir a pele de personagens diferentes de nós, tudo isto é muito positivo.
E quanto mais lermos, melhor escreveremos. Também é inevitável.
Um abraço.
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