30 novembro 2007

Insónia Araújo

O Eldorado - Edição nº 188

Esta noite não consegui dormir.
Voltas e reviravoltas debaixo de lençóis e cobertas e não consegui pegar no sono.
Aliás, a insónia terá começado por aqui.
Como pegar em algo que não se vê?

Levantei-me.
Achei que, se era para pegar no sono, não era boa política ficar deitado sem fazer nada. Até o Cristiano Ronaldo dá conselhos sobre isto.
"Se eu não me mexesse... não conseguia organizar belas orgias com prostitutas", ou qualquer coisa do género.

Então lá fui eu, no meu pijama ridículo, procurar o sono.
Mas nem sinal dele.
E mais dúvidas pertinentes: como é que o sono daria sinal de si?
Um bocejo luminoso atrás da aparelhagem?

Lembrei-me de chamar um tal de João Pestana, que parece que sabe da poda.
Outra ideia inexequível.
Não sei quem é, desconheço a morada, número de telemóvel ou endereço de e-mail.
E se o encontrasse, o que diria?
"João Pestana, não tenho sono. Queres vir dormir comigo?"
Ideia liminarmente posta de lado por elevados níveis de rabichice.

Cheguei a pensar em tomar um comprimido, mas é um formato a que não acho piada. Prefiro um distendido "Guerra e Paz", ou um "Equador" ou as "Páginas Amarelas".

Só então me lembrei da fórmula clássica de contar carneiros. E foi o que fiz.
Não sei se isso resulta convosco, mas juro que já tinha passado meia hora e nem um carneiro tinha visto. E se tivesse visto um, a seguir outro e outros logo atrás, isso só significaria que alguém tinha deixado a porta do prédio aberta e tenho a certeza que a preocupação com a gatunagem não me deixaria adormecer.

Passaram-se mais 40 minutos e nem sinal de carneiros.
"Não pode ser isto", pensei.
Voltei a levantar-me e reencontrei um velha revista "Tabu" onde tinha lido algo sobre famílias numerosas.
Ah, ali estava, a vasta família do ex-ministro da educação Roberto Carneiro.
Ora, um Carneiro, dois Carneiros, três Carneiros... pareciam muitos mas não chegavam a ser 100 deles e por isso, uma vez mais, nada feito.
Não conseguia mesmo pregar o olho, aliás acho mesmo que só dois ou três faquires o conseguem.

Foi então que aconteceu.
Ao desfolhar outra revista, deparei com a fotogénica Sónia Araújo. Estava acompanhada do marido, o empresário Vitor Martins, dono do bar Chic, do restaurante Boi na Brasa e de uma vaca na cama.
Percebi que um pateta, como eu, o mais que consegue é estar com uma insónia; um sortudo como o tal Vítor está in Sónia Araújo, o que deve ser algo espectacular.

E comecei a rir à toa com esta parva associação de ideias.
E ri, ri muito, como se não houvesse amanhã. Ri como um perdido, contorcendo-me com espasmos cada vez mais sincopados.
Gemi.
Gemi alto para quem me quisesse ouvir.
"Oh! Sim!..... SIM!! Estou a rir-me!! Estou a rir-me!!"

E explodi numa gargalhada imensa como se eu, sozinho, fosse um fogo de artifício numa passagem de ano no Funchal.
Os batimentos cardíacos abrandaram.
Um sorriso marcou a hora.
Os olhos começaram a fechar.
E adormeci.

29 novembro 2007

Sexy Singers dos Anos 80 # 07 - Madonna

O Eldorado - Edição nº 187

Depois de algum tempo de bico calado, voltam aqui a cantarolar as vozes das cantoras mais sexies dos anos 80. A série chega agora a meio, ou seja, ainda haverá meninas de pernoca à mostra e instrumento na mão lá para o Natal.
Vamos ver se o velho Pai Natal dá conta do recado.

Eu tenho fé no barbas.
Em primeiro lugar, porque dizem que ele tem sempre uma surpresa no saco. Em segundo lugar, a empreitada não parece tão hercúlea sabendo que a maior parte das cantoras aqui publicadas tem hoje mais ou menos a idade do velhote...

Ah! Antes que me esqueça, hoje é a vez de Madonna.

Madonna - Rainha da pop durante duas décadas, mulher com excelente propensão para os negócios, Madonna Louise Veronica Ciccone Ritchie, nascida em Bay City, no Michigan, Estados Unidos, a 16 de Agosto de 1958, é ainda hoje uma conceituada cantora, produtora, dançarina, compositora e também faz uma perninha no cinema e na literatura infantil.

É considerada por muitos, "a mais importante cantora na história da música pop mundial", e considerada por mim muito menos. Nunca achei piada às suas polémicas, à sua imagem (?) e muito menos à sua voz (???).
Houve anos que ainda por cima tinha de aturar a devoção deste meu primo com cara de tubarão. Nem sei se a admiração dele pela cantora das pernas de jogging se mantém.

Quando apareceu, Madonna era efectivamente novidade, e o vídeo "Like a Virgin" uma pedrada no charco, que é o mesmo que dizer, nos canais de Veneza.
Depois, a garina tornou-se demasiado camaleónica e confesso que na altura do álbum "Erótica" e do livro "Sex" estava curioso de ver no que aquilo ia dar. Entre a Madonna e a Cicciolina a diferença chegou a ser ténue...
Eu e Madonna atingimos o auge da química à distância, quando ela protagonizou o filme "Corpo de Delito". Ela ali estava, de mamas à mostra na tela grande do cinema e eu bocejava até fechar os olhos.
Foi dinheiro mal gasto. Muito mal gasto.

O resto é a história de uma reforma dourada. Madonna é casada com o realizador Guy Ritchie e tem três filhos, um deles adoptado no Malawi, África.

O vídeo - Este é, sem dúvida, um dos videoclips - se o quiserem chamar assim - mais emblemáticos de todos os tempos. Temos uma Madonna praticamente debutante, ainda com 26 aninhos, Veneza, gôndolas e um leão de pelúcia. Faz todo o sentido se pensarmos no Festival Internacional de Cinema de Veneza que premeia as obras mais conceituadas com o "Leão de Ouro". A não ser isto, não faz sentido de todo.

A cantora aparece vestida e maquilhada de uma forma que foi depois maciçamente copiada pelas miúdas lá da Secundária, honra seja feita à sua capacidade de ditar modas.
O resto é já clássico. Madonna rebola-se pela gôndola, vestida de noiva, cantarolando "like a virgin, touched for the very fisrst time".
Ninguém acreditou, mas todos cantarolaram.

26 novembro 2007

A Greve dos Judeus

O Eldorado - Edição nº 186

Vou confessar-lhes uma coisa: eu sou uma fraude. Tudo o que escrevi neste blog não me pertence. O que desde já serve de atenuante, caso não encontrem aqui centelha de criatividade.

Tudo o que até agora foi publicado no "Eldorado", depende única e exclusivamente da criatividade, ou falta dela, dos irmãos Grafstenberg. Jules e Morgan Grafstenberg são dois irmãos argumentistas norte-americanos que, para minha conveniência, calham a ser meus primos.

Está quase a fazer um ano.
Reencontrei-os numa pastelaria da Avenida de Berna, inconfundíveis nas suas trajes negras, nas suas grossas lentes bifocais, nos kippots redondos no cimo das suas carecas.
Convenci-os a escrever para o blog que nasceria dias mais tarde.
Não lhes prometi uma choruda contrapartida financeira ao fim do mês porque não tinha dinheiro para isso.
Mas foi estabelecida uma permuta: os seus textos em troca de dois autógrafos da Diana Chaves.

Seguiram-se meses de rebuscadas desculpas, mentiras e esquemas cada vez mais hediondos para justificar a demora na obtenção dos autógrafos da bela Diana.
Desculpas difíceis de engolir pois tinha jurado solenemente, com uma mão sobre o Torá, que era grande amigo da actriz.
Mais até.
Que tinha sido seu namorado.

A despeito do desfiar do tempo e do acumular de patranhas, os Grafstenberg continuaram a escrever diversas merdas mais ou menos engraçadas e eu a publicá-las como se fossem minhas.

A semana passada, aquela dupla de judeus patetas - que até julgo serem vagamente panascas - apanharam-me de surpresa com a famigerada "greve dos argumentistas, guionistas e produtores" nos Estados Unidos.
E deixaram de escrever.

E é esta a dura verdade, caros leitores.
Foram dez dias sem textos, aqui nesta casa de petiscos.
Facto que muitos de vocês nem deram conta, aliviados que estavam por "aquele gajo que julga ter sentido de humor" ter deixado de escrever.

E se volto a este blog e a nele publicar, é porque meia dúzia de fiéis o merecem.
Mais ainda agora em que, parece, muitos dos antigos colegas da Universidade Autónoma de Lisboa trocam comentários sobre este pasquim cibernáutico.

E, apesar da frequência universitária, continuo sem a mínima capacidade para agarrar, sozinho, as rédeas de um monstro alado, cheio de rubricas, links e histórias mirabolantes.
Como cereja podre em cima de um bolo desfeito, tenho ainda a acrescentar que, de computadores, não percebo um boi.
E este texto só aparece publicado graças à preciosa ajuda do meu sobrinho de seis anos, que domina a Playstation como ninguém.

Quanto à criação de novos textos, vai ser assegurada, a partir de hoje, pelos fabulosos Choi Fung Ho, um colectivo de criativos conhecidos como uma espécie de "Gatos Fedorentos" de Taiwan. Só mais uma coisa... Como é que eu faço para conseguir 10 autógrafos do Cristiano Ronaldo?

16 novembro 2007

Halho Porro e os Demónios do Colesterol

O Eldorado - Edição nº 185

O último livro de Harry Potter foi editado à meia-noite e centenas de gaiatos correram até à Estufa Fria para garantir um exemplar.
O que prova que não são só as histórias de prostitutas que vendem.

Mas o que poucos sabem é que, longe dali, numa quinta de Coruche, o Ti Manel Cebola também retirava do prelo o último capítulo da saga Halho Porro, criada por si, mas muito menos famosa que as aventuras do feiticeiro caixa de óculos.

"As Aventuras do Halho Porro" vão já no vigéssimo oitavo volume e o pobre Ti Manel queixa-se que só vende cinco exemplares de cada edição. Um para si próprio, outro para a mulher, Ermelinda, dois para os gémeos ucranianos que dormem no monte e que só rudimentarmente arranham a língua de Camões, e um para o Orlando da taberna que lança o pesado volume à cabeça dos bebedolas mais... bebedolas.

Não estando em causa o valor de J. K. Rowling, o Ti Manel também é um escritor de mão cheia. No caso dele, uma mão cheia de calos, por causa do cultivo da terra, onde pontificam os alhos que o inspiraram para os 28 livros da série Halho Porro.

Halho Porro é, de resto, uma personagem sui generis.

Tudo começa com a aterragem de um disco voador numa noite de lua cheia.
Submetido a um tipo de radiação extremamente poderoso, inexistente na Terra, um alho em especial, ganha super-poderes e decide combater doenças como a tuberculose, a arteriosclerose ou os gritos da Júlia Pinheiro.

Ficaram célebres as aventuras deste alho feiticeiro contra o acne nas vacas do Germano, o confronto com o vírus da gripe, ou a luta contra a mafia dos distúrbios intestinais.

Sem a presença dos holofotes dos media, o Ti Manel Cebola já editou, a expensas pessoais, obras-tias como "Halho Porro e a Desordem do Fónix", "Halho Porro e a Pedra Filosofal nos Rins", "Halho Porro Procura Maddie McCann", "Halho Porro e a Cãibra Secreta", "O Bacalhau Quer Halho... Porro" ou "Halho Porro e o Vale do Mau Hálito".

O último livro, "Halho Porro e os Demónios do Colesterol" está à venda em picadeiros, ermidas e docas de pesca, mas poderá em breve ser comprado pela internet, assim que o filho do Ti Manel acabar de tirar o curso de computadores e perceber como isso se faz.

14 novembro 2007

Sexy Singers dos Anos 80 # 06 - Belinda Carlisle

O Eldorado - Edição nº 184

Para mal das leitoras mais ciumentas, o desfile de beldades do passado prossegue hoje com Belinda Carlisle, uma ruiva flamejante.
E ainda ficarão a faltar muitas mais, até porque esta colecção é constituída por 14 "imagens" dignas de serem editadas pelas Figurine Panini. E perante o sexy lote de cantoras aqui apresentadas, não faltará saliva para colar tão belos cromos...

Belinda Carlisle - Dedicada desde tenrinha idade à música, Belinda Jo Carlisle nasceu na terra... do cinema (Hollywood, 17 de Agosto de 1958).
Recorrendo a um ábaco sofisticadíssimo, chega-se à conclusão que completa em 2008, 50 anos. Esteve na origem dos grupos New Wave e Go-Go's.
Em 1987, já a solo, entoa o seu maior sucesso "Heaven is a Place on Earth" que recordamos abaixo. Tinha então 29 anos.
Este ano, ao fim de 11 anos sem gravar material original, Belinda decidiu-se por um álbum de versões de clássicos... franceses, chamado "Voilá".
É casada, tem um fedelho com 15 anos e diz que deixou o álcool e as drogas, tendo também trocado os cigarros pelos pauzinhos de incenso depois de abraçar o budismo.

O vídeo - Este "Heaven is a Place on Earth" começa com uma espécie de ritual maçónico.
Um círculo de crianças vendadas "vendem-nos" globos terrestres iluminados criando um efeito... ann... como é que hei-de dizer... ridículo.
Depois sim, aparece-nos a carinha laroca de Belinda, emoldurada por aquele belo cabelo ruivo ou cor parecida. Os amigos do cabeleireiro Eduardo Beauté que me corrijam.
Nota-se também que a linda Belinda não tem pejo em mostrar o delicioso decote. E faz bem.

O vídeo, ocasionalmente assombrado pelos tais globos terrestres luminosos, vive do rosto e da voz da californiana. Quando se fala de cantores, parecendo que não, isto é importante.
Portanto, vamos recapitular:
Uma bela figura, um belo rosto e, claro, uma bela voz.
Percebeste agora, Toy?
Por qué no te callas?

12 novembro 2007

Os Encadeados

O Eldorado - Edição nº 183

"À saída do hospital depararam com o tenente Anderson, que também ia visitar o Coveiro."

A frase, não é uma pérola literária, não me pertence e também não pertence a um clássico como "Guerra e Paz". Trata-se da parte final do "Cidade Escaldante", um policial de Chester Himes que é actualmente a minha (pouco intelectual) leitura de cabeceira.
E aparece neste blog porque cedi, enfim, aos pedidos feitos por vários blogueiros agrilhoados à corrente da "Página 161".

É mais uma dessa correntes patetas que andam por aí e que resultam numa absoluta perda de tempo e desnecessário gasto de energia pessoal, que podia - e devia - ser canalizado para algo mais interessante como levar roupa usada a uma Casa do Gaiato ou gastar dez minutos a coçar o escroto que, julgo eu, não requer a atenção de terceiros.

E só cedo ao capricho desta corrente em especial, porque vejo nela uma centelha de criatividade e daí, já não sei bem porquê nem onde, mas tudo bem.
A corrente da "Página 161" funciona assim:

1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas – implica acaso e não escolha.
2. Abra o livro na página 161.
3. Na referida página procure a 5.ª frase completa.
4. Transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada.
5. Passe o desafio a cinco bloguistas.

Passo o desafio a cinco blogs que estão parados há uma série de tempo, por duas razões de contornos opostos.

Primeiro, para avaliar até que ponto os blogs que vou citar regressam à actividade. Podem entendê-lo como
"o velho JP a espicaçar blogs moribundos".
Segundo, para garantir que esta corrente estúpida morre aqui e agora. Podem entendê-lo como
"o velho JP é um filho da mãe".

E os nomeados são, sem links nem nada, "Null Fame", "Gal in Blog", "Muro das Lamentações", "O Prazer da Insolência" e até "Gato Fedorento".

E, como do mal o menos, escrevo à velociade da luz, a única razão que me leva a perder dois minutos a dedicar um post inteiro às correntes patetas e encadeados pelas ditas, é... puro desabafo.

A paranóia colectiva que se vive por aí, não satisfeita por ter tomado conta do meu telemóvel, chegou com força à blogosfera. Pensava eu que os blogs servissem para difusão de textos com opiniões muito pessoais sobre tudo e mais alguma coisa, músicas que gostamos de partilhar, exposição das faculdades de cada um ou até algo que me rendi, troca de comentários sobre o que cada um escreve, a face mais visível do feed-back aos nossos devaneios.
Mas parece que isto não chega.


Quanto ao telemóvel, estou farto de o ver atafulhado com mensagens como esta:


"Hoje ao acordar um anjo perguntou-me:
Que queres que faça por ti hoje?
E eu respondi:
Por mim? Cuida antes da pessoa que está a ler esta mensagem, porque os amigos são muito importantes para mim, e se eles estiverem bem (uah... bocejo) eu também estou.

Envia este sms a todos aqueles amigos que consideras especiais. Se não receberes nenhuma de novo, não fiques triste (triste?! Se não recebesse mensagens parvas como esta? Pois, pois...), eu já te disse que pelo menos para mim, és um amigo muito especial."


E muitas mais dentro deste género ou de profundo mau gosto como "se não mandares esta mensagem a 15 pessoas vai acontecer uma desgraça na tua vida" ou até uma que me enviaram "em nome das crianças que sofrem".

Sim, psst! Tu, que estás aí a morrer de fome no Darfur!
Olha, enquanto comes raízes eu preocupo-me contigo e estou aqui, a desempenhar com afinco o meu papel de imbecil, a enviar mensagens do meu telemóvel... ah, tu não sabes o que é um telemóvel? Que pena... tinha aqui uma mensagem que tenho de enviar a 21 desconhecidos... olha, deixa estar
.

Querem participar em algo grandioso? Adoptem um animal abandonado, ofereçam-se como voluntários numa instituição de solidariedade ou simplesmente, como escrevi acima, limitem-se a coçar o escroto e não me chateiem.

09 novembro 2007

Diz que disse e diz que fez

O Eldorado - Edição nº 182

"O teu pai tem um rabo muito bonito, mas tu és muito feia"
Ao que parece, fazendo crer nas informações sempre idóneas (ou idiotas, não sei bem) do jornal "24 Horas", terão sido estas as palavras que um puto de 12 anos disse a uma das filhas de José Mourinho, no final de mais um dia de aulas no Colégio St. Peter's School, em Palmela.

Depois disto, há quem jure a pés juntos que Mourinho puxou os cabelos e as orelhas de quem elogiou o seu rabo, mas depreciou a sua filha.
Mas, afinal, parece que as câmaras do colégio não mostram qualquer agressão, ficando-se, Mourinho, por uma admoestação mais exaltada e o pedido do número de telefone dos pais do puto desbocado.

E o que está em causa neste recambolesco episódio da vida de algém especial, não é tanto o despropósito da boca do mais novo ou da reacção intempestiva do mais velho, logo mais responsável, e ainda por cima figura pública.

Também não estão aqui em causa as fantasias sexuais de um rapazola que não hesita em classificar o rabo daquele senhor grisalho que treinava um clube inglês como sendo "muito bonito".
Está a meio da adolescência e sabe-se como esse é um período de confusão de personalidade, de afirmação de um espaço próprio, de experimentação sexual e de audição de música de má qualidade.
Tudo isso é normal e, aferindo tudo desta forma, eu fui o mais anormal possível.

Por último, não está em causa o que à partida parece ser uma política educacional sem resultados práticos, num colégio que custa às abonadas carteiras dos paizinhos ricos, mais de 500 euros mensais.

O que está aqui em causa é o seguinte:
Que parte da frase Mourinho não gostou de ouvir?

- Será que o ex-treinador do Chelsea sabe que tem um rabo muito bonito, mas não gostou que tivessem caracterizado a filha como sendo muito feia?
Confirmar-se-ia a vaidade e a protecção intransigente dos seus, idiossincrasias que são atribuídas ao setubalense.

- Pelo contrário, confirmará ele que a filha é um tudo nada desfavorecida, mas não admite que classifiquem a estética do seu rabo?
Estaríamos perante uma pouco conhecida faceta de Mourinho, traumatizado com o seu derrière mas defensor da honra das filhas, independentemente da sua beleza física.

- Preferiria ele que o petiz trocasse os períodos da frase, disso resultando toda uma sintaxe diferente, como no caso "o teu pai tem um rabo muito feio, mas tu és muito bonita" ?
Neste caso, Mourinho colocaria o ego de pai babado à frente da sua parte de trás, o que demonstra, no limite, um bom sentido de orientação.

- Escolheria ele, ao invés, a versão Bechamiana "o teu pai é muito bonito, mas tu tens um rabo muito feio" ?
Se assim fosse seria a assumpção de uma forma de vida holística, menosprezando até os fracos atributos dos elementos do seu clã.

- Sobra a opção "o teu pai é muito feio, mas tu tens um rabo muito bonito".
Esta é a opção mais recorrente em Portugal. Tivesse o fedelho dito isto à filha de Mourinho e este imbróglio nunca teria acontecido.
A menos que Mourinho ripostasse, sentido: "Então e o meu rabo não é muito bonito?"
E voltaríamos ao ponto de partida.

07 novembro 2007

Sexy Singers dos Anos 80 # 05 - Sabrina

O Eldorado - Edição nº 181

Continua por aqui o desfile saudosista das curvilíneas cantoras de há duas décadas atrás, quando os telemóveis e a anorexia ainda eram ficção científica.
Até agora, voltaram a cantar no palco montado na máquina do tempo do "Eldorado", Samantha Fox, Nena, Sandra, Kim Wilde e hoje aquela que a Agros, a Gresso, a Mimosa, a Parmalat, a Ucal e tantas outras convidaria para publicidade... se fosse da idade da Margarida Vila-Nova.
Sabrina.

Sabrina - Afinal, fazendo bem as contas, a italiana Sabrina Salerno, nascida em Génova a 15 Março de 1968, só completa os seus primeiros 40 anos em 2008.
Ou seja, quando fazia sucesso com o mega hit "Boys", tinha apenas... 19 anos!
Para que se veja que não é de agora que há Britneys, Aguileras e outras a cantar na puberdade.

Sabrina é casada, tem um filho chamado Luca Maria (não confundir com o Dinis Maria da Bárbara e do Carrilho) e hoje, com as mamocas mais descaídas e a voz mais arrastada, já não faz tanto sucesso.
Não me levem a mal, mas falar da Sabrina é falar da autêntica leitaria que traz ao peito. Não se trata de rasca brejeirice machista, mas apenas de constatar factos evidentes.
Quando acabar de ler isto, pode confirmar no vídeo abaixo que não falho à verdade...
EI!! Eu disse que era quando acabassem de ler isto!! Esperem!!
Ora bolas...

O vídeo - Em 1987, ainda homens e rapazinhos se recompunham da exuberante Samantha Fox e já a Bella Italia, berço de beldades pujantes como Sophia Loren, Gina Lollobrigida ou mais recentemente Monica Bellucci, preparava a contra-ofensiva latina com os "Boys" cantados por Sabrina.
Ah, a Samantha Fox é loura e tem grandes mamas? Pois cá vai uma morena na piscina, com um biquini branco que, de vez em quando, teima em deixar ao léu umas muuuito grandes mamocas que mais parecem ogivas nucleares, mas não daquelas que Bush adora procurar no Irão e no Iraque.

De notar, e esta é a parte mais importante, que todo o vídeo (em especial os últimos 25 segundos) faz mais pela prevenção rodoviária do que mil campanhas subsidiadas pelo estado.
A mensagem é simples: o airbag pode salvar uma vida.
Foi o que aconteceu à Sabrina.

05 novembro 2007

Exemplos de Felinocidade - Liedson

O Eldorado - Edição nº 178

Quem bem me conhece, sabe que os meus animais preferidos são a mulher e o gato. E vivo um momento muito bom com dois excelentes exemplares de cada uma destas espécies.
Mas hoje quero eleger outros três grandes exemplos que fazem a minha "felinocidade".

1. Liedson

Liedson da Silva Muniz, nasceu em Cairu, a 17 de Dezembro de 1977.
Jogador do Sporting desde 2003, passou antes pelos clubes brasileiros do Poções, Prudentópolis, Coritiba, Flamengo e Corinthians.
Atacante veloz, de grande mobilidade, exímia capacidade de impulsão, espontaneidade no remate, Liedson é dono de uma inata capacidade de marcar golos, sendo o melhor avançado a actuar em Portugal.
Aquele que é conhecido como "Levezinho", foi o melhor marcador do campeonato em 2004/2005 e 2006/2007.
Em pouco mais de quatro anos, já marcou 99 golos pelos "leões", esperando-se que o golo 100 surja esta quarta-feira, em Alvalade, frente à Roma.
E já a seguir, no vídeo abaixo, o estilo de Liedson.

Exemplos de Felinocidade - Ricardo Araújo Pereira

O Eldorado - Edição nº 179

Quem bem me conhece, sabe que os meus animais preferidos são a mulher e o gato. E vivo um momento muito bom com dois excelentes exemplares de cada uma destas espécies.
Mas hoje quero eleger outros três grandes exemplos que fazem a minha "felinocidade".

2. Ricardo Araújo Pereira

Ricardo Artur de Araújo Pereira, nasceu em Lisboa, a 28 de Abril de 1974 e é neste momento o melhor humorista português.

Filho de um piloto da TAP e de uma assistente de bordo, licenciou-se em Comunicação Social e Cultural pela Universidade Católica Portuguesa. É casado e tem duas filhas.
Em 2003, com José Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores, cria o blog "Gato Fedorento". O nome é inspirado na música "Smelly Cat", que a personagem "Phoebe" cantava na série "Friends".

Mais tarde, Ricardo e Zé Diogo ensaiam os primeiros passos do "Gato Fedorento" no programa "Perfeito Anormal" na SIC Radical. Surge depois, no mesmo canal, a série e a marca "Gato Fedorento" que mais tarde chega à televisão pública, redimensionando o sucesso a um patamar nunca visto com a série "Diz que é uma Espécie de Magazine".

Neste programa, Ricardo Aráujo Pereira assume-se como figura incontornável do humor em Portugal, sobretudo com as caricaturas de Scolari, Valentim Loureiro, José Sócrates, Paulo Bento, Paulo Portas, Marcelo Rebelo de Sousa ou ontem com um espectacular "Joe Berardo".
E já a seguir, no vídeo abaixo, o estilo de Ricardo Araújo Pereira.

Exemplos de Felinocidade - Marsupilami

O Eldorado - Edição nº180

Quem bem me conhece, sabe que os meus animais preferidos são a mulher e o gato. E vivo um momento muito bom com dois excelentes exemplares de cada uma destas espécies.
Mas hoje quero eleger outros três grandes exemplos que fazem a minha "felinocidade".

3. Marsupilami

Marsupilami é uma personagem de banda desenhada que foi criada a 31 de Janeiro de 1952 por André Franquin, desenhista e argumentista, de nacionalidade Belga que nasceu em 1924 e morreu em 1997.
Para mim, é a mais bela personagem de banda desenhada alguma vez criada.

O Marsupilami é um mamífero, marsupial, de cor amarela com manchas pretas e com uma cauda "quilométrica". Vive na floresta de um país sul americano fictício, a Palômbia, tem uma força fenomenal (utiliza a cauda para socar) e é um grande consumidor de piranhas.

A primeira vez que o Marsupilami apareceu foi na revista da personagem Spirou, a 13 de Março de 1952, em "Spirou e os Herdeiros" ("Spirou Et Les Héritiers").
Uma das condições para Fantásio, amigo inseparável de Spirou, receber a herança do seu tio era ter de ir à floresta da Palômbia e capturar um Marsupilami, um animal de cor amarela com manchas pretas e uma longa cauda, praticamente desconhecido dos humanos. O Marsupilami é capturado e torna-se então um companheiro inseparável nas aventuras de Spirou, Fantásio e do esquilo Spip.

A personagem é tão forte que ganha vida própria, em especial depois que foi criada a Marsu Productions, que mais tarde entra em litígio com a Disney que, entretanto, adquire os direitos da personagem para uma série de desenhos animados mas desvirtualiza a ideia original de Franquin.
E já a seguir, no vídeo abaixo, o estilo do Marsupilami.

02 novembro 2007

Sexy Singers dos Anos 80 # 04 - Kim Wilde

O Eldorado - Edição nº 177

Depois de peixes ciumentos e ovelhas de louça, o "Eldorado" regressa à listagem de meninas que cantavam e encantavam nos anos 80.
E hoje recordamos uma das mais belas de todas, a loirinha que era uma mistura de menina ingénua e bomba sexy. Meus senhores e minhas senhoras - mas em especial para eles- eis Kim Wilde.

Kim Wilde - Lembro-me que esta beldade britânica, nascida em terras de Sua Majestade, era adorada nos anos 80. A sua beleza - que evocava Michelle Pfeiffer e ainda mais, Kim Basinger - se fosse um doce de pastelaria seria uma bela queijadinha de Sintra a que tivessem juntado, como quem não quer a coisa, uma pitada de pimenta.
Descobri-a tarde de mais, já no declínio de carreira, como aconteceu, de resto, com a doce Kate Bush.
E, à distância, é kurioso verifikar ke, kantoras ke tivessem "K" no nome, estavam destinadas ao sucesso. Kim Carnes, Kate Bush, Kim Wilde, Kylie Minogue, Kamantha Fox, Kabrina...

Kim Wilde nasceu em Chiswick (Inglaterra) em 1960.
Tem hoje 46 anos, faz 47 dia 18.
Mandem flores.
Filha de Marty Wilde, cantor de sucesso nos anos 50, o seu maior hit foi o clássico "Kids In America", em 1981.
O tema "You Came", que repesquei do YouTube, for You, é de 1988 e surge no ocaso da carreira mas Kim, casada e com dois filhos no currículo familiar, ainda mexe. Menos na música e mais... na jardinagem!
Apresentou programas de televisão (não consegui apurar se ainda o faz) e publicou livros.
Fácil seria perceber que, uma flor assim, seria entendida em jardins...

O vídeo - "You Came" é um dos temas mais dançáveis da pop orelhuda dos anos 80.
Kim surge em palco, viçosa e segura, com umas apertadas calças brancas, género corsário, bamboleia-se e seduz a vasta audiência naturalmente, como quem não quer a coisa, inocentemente, 'tadinha, como se não houvesse espelhos lá em casa.
Pelo meio surgem imagens da vida na estrada, como se de um documentário se tratasse e, apesar dos pixels gastos pelo tempo, tudo parece quase celestial, quase perfeito.
Tudo muito fresquinho.
Ou então, é só porque tenho a janela aberta.