30 abril 2009

A Gripe Soez


Chamam-lhe Gripe Suína.
Ok, o nome de código não é sonante como "Guerra dos 100 anos" ou "Batalha de Waterloo", mas poucas designações seriam tão desprezíveis como esta, uma Gripe Suína assaz soez.

A quase pandemia, que pandemónio se tem tornado como furacão, terá tido origem nos porcos do México, país mais conhecido pelos burritos.
E aqui chegado refiro-me àquelas mistelas meio picantes que se levam à boca e não aos simpáticos asnos que nos levam no dorso.

Houve um familar já ancião, não me lembro quem, talvez Moisés, que passava a vida a alertar para os perigos da gula por toxinas camufladas por molhos coloridos, fossem elas tacos, enchilladas, chili ou burritos, isto só em relação às bodegas mexicanas.
Afinal o perigo estava com os porcos.

O mesmo familiar ancião, talvez Adão, repetia sempre que ia ao médico "Se queres conhecer teu corpo, mata um porco".
E isto porque as semelhanças anatómicas estão no estômago, nos dentes, no fígado, no coração.

A porcaria de investigação que efectuei permitiu saber também que os porcos são ainda susceptíveis a algumas das mesmas doenças que afligem os humanos, como cancro, reumatismo, artrite e... gripe.

Posto isto, até já sabíamos muito sobre os porcos engripados e sobre os porcalhões que espirram sem pôr a mão à frente da boca, agora sobre os mexicanos...

O que é que sabemos sobre os descendentes de Pancho Villa?

Que gostam de comida picante, já vimos.
Têm praias afamadas, já sabemos.
O passado é rico em referências Maias ao invés de um presente cheio de reverências à Maya, como acontece em Portugal, não se sabe porquê.

Diz também que são especialistas em saltos, seja arame farpado nas fronteiras com os Estados Unidos, seja para as águas quentes de Acapulco.

Ah, é verdade.
Há aquela coisa da hola.
Uma multidão ululante em torno de um acontecimento desportivo que, a dado momento, alça o rabo e levanta os braços.

Mas os braços levantam-se para quê?
Para colocar aquelas máscaras de protecção contra perdigotos mortais.

Era um código só decifrado agora, quase 25 anos depois do Mundial de Futebol do México, onde terá aparecido a hola pela primeira vez.

E é aqui que a porca torce o rabo.
Vamos esperar mais 25 anos para que os mexicanos enviem outro sinal à humanidade?
Poderá ser tarde.

Proponho que um grupo mais afoito siga este Verão para Cancun, desta vez não para trabalhar para o bronze, mas para trabalhar em prol da humanidade.
Vamos descobrir o que se passa.
Vamos saber mais.
Vamos conseguir.

Yes, we Cancun.

29 abril 2009

E Depois do Adeus


Olá a todos.
Cá estou eu de volta, ainda vivo, com uma saúdinha assim-assim, pronto para os dias de pica-bois, como se diz lá na terra.
Como vivo mais perto de Setúbal do que do Ribatejo acho que é algo estúpido de se dizer.
Mas "dias de pica-choco frito" ainda soa pior, embora a esta hora... sem almoçar...
...sossega balofo.

Tal como tinha anunciado foi uma longa pausa sabática de Páscoa.
Descansei a cachimónia e - quem diria? - fui feliz.

Muito esporadicamente espreitei o blog, porque o principal objectivo era mesmo afastar-me da fundição de retina a que chamam monitores.
E mesmo abandonado, o "Eldorado" chegou aos 30 mil visitantes um dia destes.
Obrigado a todos.

Não tenho novidades para vos apresentar.
Não garanto, para já, a continuação da rubrica "The Sex Files".
E também não será desta a actualização da faixa lateral esquerda.

O que será, será.
E hoje já têm muito para ler.

O sentido de humor regressará com o tempo.
Quer dizer, com o tempo assim, não.
Regressará com o sol, alguém sabe desse gajo?

Estou, então, de volta.
Mas vamos deixar os "Twitters" e os "Facebooks" de fora, por enquanto.
São coisas a mais.
Eu não vivo dentro da tal fundição de retina.
Eu não vivo dentro de um blog.

Agora...
Se eu podia viver sem o "Eldorado"?

Podia... mas não era a mesma coisa.

Semana da Navalha


D
epois do tsunami de críticas e lamentações que se seguiu à vaga de assaltos na cidade de Setúbal, a câmara sadina avança com a "Semana da Navalha".
Não me parece nada coerente, este convite ao uso de armas brancas...

Ah, não esperem...
Trata-se um festival gastronómico que vai passar por 52 restaurantes sadinos até este domingo.

Ainda bem.
Prefiro os pratos de navalhas do que as navalhas dos pretos.

Pinball e Rendas de Bilros


Uma vez mais desculpem lá quase três semanas de ausência mas estive no Nepal a acasalar com um yeti e espero filhos lindos em breve.

Sei que os vistantes desta casa são sobretudo mulheres, mas deixem-me falar um pouco de futebol e dessa aliciante possibilidade de um Barcelona X Manchester United na final de 27 de Maio, uma excelente data, já agora...

Ontem, o Tibidabo ( ainda não esteve em Barcelona, pois não?) pariu um rato, com o zero-zero entre a equipa culé ( repito: ainda não esteve em Barcelona, não é?) e o Chelsea, uma espécie de equipa chulé, porque aquilo é muito pontapé para a frente e fé no motociclista que eles têm na baliza.

Mas hoje há mais, com o Manchester United x Arsenal, as minhas duas equipas preferidas da Velha Albion (ainda não esteve em Ing... esqueça).
Ah, ó meu grande pateta: como é que se pode gostar de uma equipa de Londres e outra rival de Manchester?
Não quero saber.
Como é que entrou aqui?
Rua.

A perspectiva (declaradamente não sexual) de ter frente a frente Messi e Cristiano Ronaldo anima os poucos neurónios com vocação futebolística, nesta cabeça cansada de jogadas nos gabinetes.

Nunca escondi de ninguém, nem numa vista relâmpago a Madrid, que sou fã do Barcelona.
E este ano, mesmo com o zero-zero de ontem, a equipa treinada por Pep Guardiola parece uma obra de Gaudi (ainda não foram... pára com isto, parvo).

Aquilo ora é tabelas rápidas como um jogo de pinball, ora fintinhas alucinantes como uma intrincada renda de bilros.
Mágico Barcelona.

O Cacetete


D
esculpem só voltar agora mas estive fechado na despensa junto às latas de atum e aos pacotes de farinha e alguém fechou a porta à chave.
Um caso de polícia.

Por falar nisso, apresento-lhes aqui e agora, Joana, a Mulher Polícia que é uma das mais recentes princesinhas pimba deste nosso "Putugal".

A 17 de Março, num espectacular assomo de serviço público, dava aqui destaque ao trabalho da Linda, que consistia em pegar na gaita e eis que aparece nova obra prima fonográfica:
a Joana e o seu Cacetete.
Para mais mergulhos nas águas pestilentas da alarvidade musical, visite o site da Espacial por sua conta e risco.

Os temas-títulos da Joana não são tão... tão... estúpidos, como os da Linda, mas cá vai:

1. O Cacetete (Mulher Polícia)
2. Mete a Ficha Manel
3. O Mastro a Brilhar
4. Só Não Vê Quem Não Quiser
5. Os Dois ao Mesmo Tempo
6. O Papagaio do Zé Maria
7. Mulher Santa
8. Já Não Há Poda
9. Eles Não Entram
10. Que Grande Coboiada

Assim de caras, o número 1 remete para uma multa por estacionar em cima do passeio, o 2 para uma reparação eléctrica concluída com sucesso e o 3 para um passeio ao longo do Douro.
O 7 parece-me deslocado, mas quem sou eu.
O 8 parece favorecer o 6 e o 5 promete uma ilusão de tempo bem passado que o 9 deita por terra.

Semiótioca do Pimba do Século XXI.
É a cadeira que falta nas universidades portuguesas.

09 abril 2009

Grande Pausa Sabática de Páscoa


Olá amigos, leitores, curiosos e restante maralhal eldoradenho.

Antes do mais, estou muito grato por mais alguns minutos que ousais dispensar a esta taberna de sarcasmo, ironia e non-sense, significando isso que não andou nos últimos dias a passear por cidades medievais de Itália.

Olhe, e ainda bem que aí está, porque aproveito para anunciar que eu vou deixar de estar.
Mas isto não significa mais um daqueles amuos com ameaças de encerramento de blog a tiracolo.

Já tentei fechar as portas aqui do estaminé uma série de vezes e uma série de vezes tive que regressar para pagar a conta a fornecedores, fuzilar ratazanas e alimentar três gerações familiares que escondo na cave.

Não me interpretem mal mas não considero que ter cinco filhas de uma neta da filha do padrasto da tia da avó da minha mãe, seja sequer um miligrama de pecado.
Isto aconteceu numa altura em que toda a gente sodomizava familiares e, de acordo com os silologismos de Isaltino Morais "se todos faziam, não era ilegal".

Bom, estava eu a dizer...
Não se trata de fechar definitivamente o "Eldorado" mas, como lamuriei espectacularmente num texto ali em baixo, estou cansado dos computadores.
O que suscita verborreia sem nexo como a que foi produzida nos dois parágrafos antecedentes.

Portanto, vou parar.
E numa altura em que os dados estatísticos apontavam para uma média de 50 visitantes diferenciados, ou seja, não tem nada a ver com números de visitas, porque já aconteceu adormecer em cima do rato e acordar com mais um milhão de visitantes.
Para além de uma pocinha de baba em cima do teclado.

Então, tenham lá paciência - ou exultem ruidosamente, se preferirem - mas o "Eldorado" só vai regressar (esta vai provocar algumas reacções...) a 27 de Abril.

Renovado?
Epa, está bem, pronto.

Mas só ao nível de conteúdos, porque as vestes com que desfilamos na blogosfera ainda dão para mais umas estações ; por isso, vamos continuar ter um título em azul, links em violeta e um fundo papírico, seja lá o que isso for.

Resta desejar-vos uma boa Páscoa, cheia de pedacinhos de amêndoas entre os dentes.
Até dia 27.

07 abril 2009

Otário ou Octogenário


N
ão sei se é falsa modéstia ou medíocre auto-avaliação mas acho que escrevo com poucos (ou nenhum) erros de português.
No entanto reparo que, dois posts abaixo, errei numa palavrinha de respeito.
Deixei errado assim mesmo para que possam invectivar-me à grande.

Escrevi "octagenário" em vez de "octogenário".
Mas tenho desculpa:
Sou novo nisto.

Copos de Três


D
igam-me uma coisa... esta súbita avalanche de penaltis lampiões...
O Manuel Vilarinho voltou à direcção do Benfica?

Gandas Malucos


Regozijai, leitores adeptos da gargalhada fácil!
Estreou ontem na SIC, uma nova série de "Malucos do Riso"!

Novos "soquetes", participação de novos actores, mas com a pouca graça de sempre porque as tradições mais estúpidas do nosso país não podem desaparecer assim.

Mas a grande novidade desta nova série é a colocação de um rodapé com anedotas, que rebola pelo ecran à medida que desfilam os quadros humorísticos.
É, sem dúvida, uma excelente invenção de um iluminado que percebe tanto de televisão como eu de criação de texugos.

Uma coisa é ter um telejornal, onde o pivot está, excepção ao José Rodrigues dos Santos, sentado e quietinho a ler as notícias enquanto passa mensagens rápidas como esta aqui de baixo...

Benfica : Equipa novamente beneficiada pelas arbitragens

... outra coisa completamente diferente é ter que seguir a acção que transborda do quadrado mágico, no mesmo momento em que... lá em baixo... vejam!
Um espectacular comboio de letras desvia a atenção com informações mais ou menos relevantes!

Imaginem um western em que os dois antagonistas encontram-se para o duelo final e, naqueles momentos do saca e não saca, um rodapé aparece do nada com dados relevantes sobre um bando que se aproxima dali, armado até aos dentes, ao mesmo tempo em que no canto superior direito são transmitidos os golos da jornada, e inúmeros pop-ups coloridos cabeceiam o monitor com informações da Polícia Judiciária sobre o desaparecimento de um octagenário desdentado.

Estarei a envelhecer prematuramente ou é um tanto ou quanto complicado estar a ler uma anedota em rodapé, enquanto uma outra é transmitida simultaneamente por som e imagem?

Não sou dos melhores exemplos em termos de coordenação motora, basta ver as vezes que ponho os pés pelas mãos, mas talvez consiga ler uma anedota enquanto ouço outra.
Agora ter os olhos em dois sítios ao mesmo tempo, isso já é com a Rita Pereira.

06 abril 2009

Ser Homem é...


O que é um homem?

É aquele que sonha ser tão bonito quanto a mãe acha que ele é;
ter tanto dinheiro quanto o filho acha que ele tem;
ter tantas mulheres quanto a mulher dele acha que tem;
e ser tão bom de cama quanto ele acha que é.

(recebido por e-mail)

04 abril 2009

A Moda das Patarecas


A probabilidade da Paula Bobone vir a ser a primeira capa da Playboy portuguesa foi, durante algumas semanas, um dos meus pesadelos recorrentes.

Mais tarde, os jornais encarregaram-se de me sossegar com a perspectiva de vir a ser a bela Mónica Sofia, ex-Delirium, a capa de tão histórica publicação.

Só que, com esta escolha da editora em Portugal da revista do coelhinho, tem-se como garantida a inexistência de poses socialmente correctas, como a nudez integral da estrela de capa sentada num sofá a ler Emily Brontë.

O desprezo pelas regras de etiqueta na ânsia da captura de imagens da patareca é uma das eternas lacunas deste mundo mais... ann... lascivo.

Apesar da minha condição de depravado-mor lá do bairro, considero que a imagem de uma patareca pode e deve ser enquadrada à luz dos mais elementares ensinamentos da senhora Bobone ou de outros gurus da boa educação social.

Difícil será mostrar a bela Mónica aos pulinhos numa exposição de pintura no Centro Cultural de Belém, até porque vivemos numa sociedade em crise de valores, machista e deprimida, ávida de delírios obscenos com suecas, russas, brasileiras ou odaliscas.

Se bem que, para as odaliscas mostrarem mais do que as pestanas, seja necessária uma transacção envolvendo camelos e isso é difícil de obter longe de Portugal.

Valerá a pena?
Claro que sim.

A avaliar pela elegância, estilo e sensualidade que a Rainha da Jordânia transmite nas suas vestes ocidentais, não será difícil imaginar a classe com que Rânia mostrará a patareca.

02 abril 2009

The Sex Files # 5 - Lua de Mel, Lua de Fel


Só regresso às cenas mais quentes do mundo do cinema, para manter vivo este blog.
E como o tempo é de movimentos de difícil interpretação, autêntica dança com lobos, resolvi que hoje seria o dia de recordar lobas que ousam dançar para além das convenções.
Para além dos limites.
Ou simplesmente para além dos ditames do chefe de orquestra.

A misteriosa Kristin Scott Thomas e a insinuante Emmanuelle Segnier protagonizaram este momento digno do "Dança Comigo e Vem Para a Cama a Seguir" em 1992.
Já lá vão 17 anos mas as imagens continuam a acender a imaginação como da primeira vez.
Como da primeira vez que vi as imagens, claro, que "a outra primeira vez" já se perdeu nas brumas do tempo.

Chama-se "Bitter Moon - Lua de Mel, Lua de Fel".
O filme é de Roman Polanski, a música é dos Roxy Music, o desejo é delas, o êxtase é nosso.
Acho que a performance é digna de receber nota máxima do Marco di Camilis.
Por mim entrego os pontos.