Cabral descobriu o Brasil, banhou-se nas águas tépidas, mirou as bundas das nativas, evangelizou, escravizou, usou e estragou, e sempre exibindo um bigode farfalhudo e hálito a alho e azeitonas.
O Brasil contra-atacou 500 anos depois.
Começou com as novelas.
Vieram a seguir futebolistas, dentistas e prostitutas.
E Havaianas.
Em Abril já os portugueses andam de Havaianas no pé.
Calcorreiam quilómetros com arcos-íris nos pés, como se calçassem smarties de chulé, transformando o país num piroso calçadão cheio de joanetes, mostruosas unhacas cheias de sabugo, sujidade e pilosidade, em vez dos habituais pés rapados brasileiros, porque quem anda de chinelo é, e será sempre, um pé rapado, e nem a marca da moda muda isso.
Porque as Havainas são umas chanatas, não me venham cá com coisas.
Têm aquela particularidade tão interessante de separar o dedo grande dos seus quatro amigos, bastante útil quando se vem do supermercado com o colo cheio de compras e alguém pergunta onde fica uma esquadra de polícia, por exemplo.
Se o inquirido for pessoa capaz de deixar crescer a unhaca do dedo grande, para coçar a parte de trás da outra perna, pode sempre fazer um brilharete , levantando a perna, esticando o pé e apontando com a unhaca:
-A esquadra? É ali.
No fim de semana há para aí umas duzentas mil Havaianas por metro quadrado.
E Crocs também.
Os Crocs são outra coisa linda, não há dúvida.
Parece que foram importados dos Estados Unidos e ninguém me tira da cabeça que foi o próprio George Bush quem os inventou, quando estava a brincar com moldes de plasticina.
Fizeram dois "Aliens vs. Predador" que nem sequer vi, de tão fraquinho me pareceram.
Mas se fizerem um "Crocs vs. Havaianas" vou borrar-me até aos pés.
E quando isso acontecer quero estar bem calçado.
Diz que continuam desaparecidos os cinco descendentes de conquistadores espanhóis, o chihuahua com uma pala no olho esquerdo e o unicórnio licenciado em gestão de empresas que procuravam a mítica cidade do ouro...
29 julho 2008
23 julho 2008
Porque Verão sem Eldorado não é Verão
Caros amigos, amigas e animais do bosque:
Depois de alguns meses de devaneios saudosistas, acho que está na hora de voltar ao blogue mais acarinhado da internet.
"O Eldorado" vai voltar com a mesma graça de sempre já no dia 01 de Agosto.
E quando digo com a mesma graça, não é porque o que se escreverá e o que já se escreveu tenha qualquer piada, porque nota-se mais esforço que talento.
Pelo menos é o que diz a minha mãe.
E as mães não mentem, a não ser quando é para disfarçar casos com o padeiro.
Quando escrevo "voltar com a mesma graça", refiro-me à possibilidade de ler tudo o que aqui se escreve sem pagar um tusto.
Convenhamos que, se o que aqui se publica tem a mesma piada que pisar um cagalhão com as Havaianas da moda, seria insensato cobrar entradas para espectáculo tão fraquinho.
Portanto, até 01 de Agosto é contar os dias.
Se aparecer por cá e se tornar indefectível como antes, está por sua conta e risco.
Convenhamos que há coisas piores.
Só um exemplo:
A Manuela Ferreira Leite aparece cada vez mais vezes na televisão.
Depois de alguns meses de devaneios saudosistas, acho que está na hora de voltar ao blogue mais acarinhado da internet.
"O Eldorado" vai voltar com a mesma graça de sempre já no dia 01 de Agosto.
E quando digo com a mesma graça, não é porque o que se escreverá e o que já se escreveu tenha qualquer piada, porque nota-se mais esforço que talento.
Pelo menos é o que diz a minha mãe.
E as mães não mentem, a não ser quando é para disfarçar casos com o padeiro.
Quando escrevo "voltar com a mesma graça", refiro-me à possibilidade de ler tudo o que aqui se escreve sem pagar um tusto.
Convenhamos que, se o que aqui se publica tem a mesma piada que pisar um cagalhão com as Havaianas da moda, seria insensato cobrar entradas para espectáculo tão fraquinho.
Portanto, até 01 de Agosto é contar os dias.
Se aparecer por cá e se tornar indefectível como antes, está por sua conta e risco.
Convenhamos que há coisas piores.
Só um exemplo:
A Manuela Ferreira Leite aparece cada vez mais vezes na televisão.
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