19 janeiro 2007

Um Grande Artista

POST Nº 33

O espectáculo só começou à meia-noite, mas o sono não rondou as mesas do Jardim de Inverno, no S. Luiz. Noite fria, gargalhadas quentes. Bruno Nogueira, a solo. One man show durante uma hora que passou a correr, apesar de sentados.
Há tanto tempo que não ria tanto durante tanto tempo.
Não ficou pedra sobre pedra. Remoques diversificados com doses generosas de sarcasmo e crueldade. À sua própria magreza. À relação com Maria Rueff. Críticas ao meio artístico onde o próprio se move. Aos pseudo-gigantes e genuínos anões, gordos e magros, 11 de Setembro e 13 de Maio, vida e aborto, terceira idade e primeira unção de vedetas a prazo como se tivessem a efemeridade de um Actimel.
Tão escandalosamente alto e magro como redondos e cheios são os seus devaneios, Bruno Nogueira só terá a ganhar se não for pago a peso de ouro. À conta disso, o Herman perdeu estatura humorística enquanto acrescentava zeros no número das calças e da conta bancária.
Este Bruno que eu vi, deverá ser pago em ouro por cada centímetro do seu 1m94cm. Ele é cada vez personagem maior neste país pequeno.

1 comentário:

Empregado de balcão disse...

Vim cá ter pelo blog do Pedro Ribeiro. Isto é sempre assim, uns levam-nos aos outros. O que escreveste no post dos 17 anos de carreira foi muito certeiro. Identifico-me totalmente com todas as tuas palavras.

Passei por aqui e gostei. O meu blog está um bocado em banho maria.

Depois de tudo isto queria dizer-te que és sortudo, conseguiste ver o Bruno, quando lá fui, o espectáculo foi cancelado por avaria no ar condicionado... raios os partam!!! ;)