16 janeiro 2007

Afonso, Rei de Portugal

POST Nº 30

Nasceu em 1111, possivelmente em Guimarães.
Com a morte do pai, o conde D. Henrique de Borgonha, é deixado aos cuidados de um aio, Egas Moniz. A mãe, D. Teresa, governou o Condado Portucalense até ele atingir a maioridade.

Aos 14 anos tornou-se cavaleiro na catedral de Zamora, em Espanha. Os fidalgos de Portucale fazem dele a esperança na luta pela independência em relação ao reino de Leão, luta que a mãe já tinha começado, mas que punha em causa com o namoro com um nobre galego. O objectivo do futuro enlace seria o de retirar Afonso da linha de sucessão. Mas Afonso vence a batalha de S. Mamede e deitou por terra as aspirações da mãe e de Fernão Peres de Trava, o tal nobre galego.

Os muçulmanos ganham terreno e chegam até perto de Coimbra, mas o rei português (ainda não reconhecido pela igreja) contra-ataca. Depois de S. Mamede, nova vitória em Ourique. Depois de uma noite em que teve uma visão em que viu Jesus Cristo, os homens de Afonso vencem cinco reis mouros e daí os cinco escudos na bandeira portuguesa.

Só em 1179 o Papa Alexandre III confirma a soberania portuguesa. Antes disso, em 1146, com 35 anos, casa com D. Mafalda de Sabóia. Um ano depois, as tropas portuguesas chegam a Lisboa. E o "Conquistador" vai por aí fora, até mesmo a Badajoz, que tentou conquistar em 1169, tendo ficado ferido numa perna. Mas viveu mais 16 anos, tendo falecido com 74 anos depois de ter governado durante 57 anos.

Dele diz-se que era alto, belo e atlético. E que terá padecido de osteoporose. As novas tecnologias poderão confirmar algumas destas características, já que um conjunto de historiadores, antropólogos, médicos e geneticistas, pretende analisar os restos mortais do primeiro rei de Portugal.
As mesmas novas tecnologias que, num concurso televisivo poderão elegê-lo como "O Grande Português". Assim espero. Afinal, ele esteve na génese deste país.

Boa sorte, Afonso: Mais complicado do que conquistar terras aos mouros, é esperar alguma clarividência de um povo que há muito perdeu a garra dos conquistadores.

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