25 janeiro 2007

E agora, algo bizarro. E verídico.

POST Nº 37

Em toda a minha vida só deixei crescer a barba uma vez. E nessa ocasião teve mesmo de ser, para disfarçar, durante algum tempo, as marcas deixadas por uma varicela tardia, aos 22 anos.

Apesar do meu aspecto nórdico, tez branca polvilhada de sardas, nunca fui ruivo. Mas eis que, deixada crescer, a minha barba se revela em todo o seu cromático esplendor: pêlos castanhos, negros e ruivos emancipam-se alegremente em seara inusitada. Cortasse eu a orelha direita (era a direita, não era?), e pareceria o Van Gogh.
Então, não voltei a repetir esse visual. Até hoje.

Por razões várias, -as mais normais relacionadas com o descanso da pele, ou o frio que faz lá fora- deixei crescer uma barbazita de três dias, convenientemente limpa e aparada todas as manhãs. Mas há razão extra e agora, amigos, deliciem-se com esta:

Vejo-me, de repente, numa guerra entre duas lésbicas tresloucadas que divergem de todos os meus delírios de adolescente e jovem adulto. Mas convergem com todos os piores estereótipos que dão mau nome à... classe. Bem... classe é o que elas não têm.
A coisa envolve ameaças, a mim endereçadas (ui, que medo!!) por parte da mais camionista delas que tem ciúmes de mim. Sem qualquer motivo. Não adianta dizer que tenho namorada, que sou fiel, ou acenar com a aliança que carrego com carinho. Não adianta explicar que sou heterossexual e que elas não, então uma coisa não liga com a outra, acho eu...

... e foi assim que voltei a deixar crescer a barba. Para reafirmar a minha condição de macho. Não sabia que era preciso, mas se tiver que fazer mais alguma coisa, talvez tire o coiso para fora para que percebam a diferença. Não sei é se o coração delas está pronto para tanta emoção...

Até breve.




4 comentários:

Anónimo disse...

Não me parece nada bem voçe escrever sobre a vida pessoal de uma colega sua.

Anónimo disse...

Apesar do erro ao escrever a palavra "voce", deixe-me voltar a vincar a minha opinião sobre o seu artigo. Se realmente fosse um verdadeiro colega/ amigo não escreveria algo sobre o tema. Até porque isso poderá prejudicar a sua pessoa. Por outro lado pergunto se será necessário apresentar-lhe uma lista de diversos homosexuais que têm muito mais barba que o senhor e alguns até cabelos no peito têm.

Anónimo disse...

Quando um homem considera que pelo facto de ter barba e uma picha é muito homem, está profundamente desactualizado com a realidade, porque alguns paneleirões até filhos têm. Considero de muito mau tom, devo dizer que um verdadeiro Homem não teria tais comentários, que são próprios de 'bichonas' que não se assumem, e que sentem o terreno da sua masculinidade fugir-lhe dos pés para o cú.
Falar mal de uma colega de profissão, que tanto o ajudou, é cuspir na sopa de quem lhe matou a fome. Continue assim porque de homem apenas tem a barba...

João Paulo Cardoso disse...

Anónimo:

Antes do mais, parabéns pela linguagem bem reveladora da sua personalidade.

Quanto ao resto,dediquei-lhe um post inteiro a 13 Fevereiro (nº48).