Post nº 51
Neste Carnaval quero mascarar-me de alguém que não seja eu
De alguém com um destino que não seja o meu
De alguém que não seja tão complicado
De alguém mais afortunado
Mas não quero mascarar-me de um alguém qualquer
Não quero mascarar-me de vereador a contas com contas erradas
De árabe fanático por torres dizimadas
De presidente americano e seus enganos
De neo-ditadores populistas sul-americanos
De vendedor xico-esperto de lábia insidiosa
De bispo arisco de seita religiosa
De proxeneta ou playboy errante
De psicopata ou traficante
De funcionário público incompetente
De novo-rico pindérico e insolente
De dirigente desportista corrupto e aviltante
De político demagogo e arrogante
De futebolista que não saiba falar bom português
De pedófilo mentiroso armado em burguês
De bem pago mentecapto da televisão
De criminoso-vedeta em pasquins de papelão
Por isso, para este ano,
comprei uma fantasia de marciano
2 comentários:
Bem visto.
Tritão:
É claro que esta esforçada tentativa de ser poeta, não se compara às gloriosas noites em que três jovens malucos levavam três pedaços de papel-poema, para debate e avaliação no Jardim José Maria dos Santos.
Outros tempos...
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