23 fevereiro 2007

Stop and Rewind

Post nº 54

O inventor do telecomando morreu na semana passada.

Não era japonês, nem inglês, nem americano, nem alemão. Era austríaco, nascido em Viena, em 1913. Chamava-se Robert Adler. Não se sabe se a invenção nasceu a meio de uma valsa, ou entre uma garfada de um delicioso strudell, mas o que se sabe é que criou aquele que é um dos melhores amigos dos "homens-barrigas-de-cerveja" em 1956.

Já lá vão mais de 50 anos, mas toda a gente continua nos sofás com aquilo na mão, a fazer uso daquilo a sós, a dois, ou até em grupo.

A "espécie de efeméride" que evoca a invenção do sr. Adler, surgiu-me depois de mais um punhado de notícias sobre o avanço do mar na costa portuguesa.

Já não é só na Caparica, é também em Esmoriz e não custa imaginar o que vai acontecer com Aveiro, Foz do Arelho, Vila Nova de Milfontes ou mesmo em Lisboa. Até parece que já estou a ver o cavalo de D. José, no Terreiro do Paço, a relinchar aflito com água pelos joelhos.
Vamos deixar de ser um país "à beira mar plantado", para sermos um país "afogado no mar". A Nova Atlântida.

E ainda há para aí muito boa gente que não leva estas coisas a peito.
Não quero assustar nem provocar o pânico, mas está na altura de fazer um aviso sério à... navegação:

Se Portugal ficar submerso será impossível a existência de telemóveis e de caixas Multibanco.

Assim percebem melhor a gravidade do que se passa?
Agora é que dava jeito que o telecomando do Sr. Adler, também funcionasse apontado para o mar, não era? Stop e rewind.

Pois... mas não dá.
Fizemos todos merda e agora vamos morrer afogados nela.

P.S: Estive a ver o mapa da Atlântida, perdão, de Portugal. A quanto estará um T3 em Barrancos, Miranda do Douro ou Campo Maior?

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