O Eldorado - Edição nº165
Depois de uma interminável série de reuniões do género Tupperware ou "Clube de Leitura", onde as ideias não passavam do papel - não por culpa exclusivamente nossa, mas sobretudo porque o poder local também não cooperou quando solicitado - a associação da qual faço parte meteu finalmente mãos à obra e organizou uma mostra de plantas aromáticas e medicinais.
Esse verdadeiro local mítico no Pinhal Novo (e no mundo) que é o edifício da antiga estação de caminhos de ferro, que nos foi cedido pela REFER, acolheu este fim-de-semana cerca de três dezenas de plantas ditas aromáticas e medicinais e, esse diminuto lote de exemplares, terá sido aquilo que mais me deprimiu, a par de algumas falhas na divulgação e da residual participação da populaça que, ao mesmo tempo tinha a Feira Hipolazer no novo Largo do Mercado, com cavalos e fados a constituir concorrência desleal porque não apresentámos nem uma única planta fadista ou que relinchasse e saltasse obstáculos.
Ainda assim, naquilo que se poderá considerar literalmente as raízes da ARCADA, demo-nos a conhecer, mostrámos algumas plantas curiosas como a planta do caril ou uma romãnizeira, lúcia-lima e outras coisas verdes que por lá estavam plantadas em vasos e das quais esqueci-me do nome.
Penso que não constitui um esquecimento grave, até porque não adianta muito chamar uma planta pelo nome, porque ela não vem, a mal-educada.
E para que não nos acusassem de falta de chá, oferecemos a dita bebida a quem por lá passou, uma boa ideia potenciada pelo tempo cinzento e subitamente mais frio, mesmo a pedir líquidos fumegantes goela abaixo.
Teria sido um fim-de-semana completamente em tons de verde, não fosse precisamente o tempo cinzento, ou a exibição ainda mais cinzenta de um certo árbitro no derby da Segunda Circular, escamoteando dois penalties aos verdes de Alvalade.
À conta disso, passei o domingo a lamentar não termos por ali um cacto de dimensões consideráveis, com que eu pudesse ofertar o sr. Pedro Henriques, que me faria o favor de o enfiar pelo seu cu acima.
Acusem-me de falta de tacto que eu apenas lamento a falta do cacto.
E, já agora, cannabis e milho transgénico também chamariam a atenção.
Pormenores a rever, numa próxima edição.
12 comentários:
As plantas nunca foram mais chamativas do que os cavalos, nunca ouvi nenhum criança a chorar para ir andar de planta. Já em relação à falta de cacto, eu que feliz da vida vos vi empatar, não teço comentários... Ora então um grande bem haja
Dizem-me aqui ao ouvido que os dragões não existem.
Não há provas, mapas ou plantas (cá está) que permitam encontrar um bicho que voe, deite fumo da boca e que jogue tão bem à bola que consiga ganhar seis jogos seguidos para o campeonato.
Deduz-se então, que se trata de uma fantasia, de um sonho.
Eu, por mim, gostaria de acordar em breve...
Um abraço.
Ficaria o Senhor com rabo "ADUer", porque o freddy também la caiu e o senhor nada acrescentou. Lagartices
Verde parece-me bem, seja lá o que for, verde parece-me sempre bem, ou quase sempre, pronto...
A história do cacto até me arrepiou João, chiça... Vamos falar de pijamas de flanela, com coelhinhos e afins? Se quiseres até te digo onde encontrar os fluorescentes, pode ser? Pronto, já passou... ;)
Beijos
João Moço:
Talvez tenha ficado efectivamente um penalty por marcar a favor do Benfica, cometido pelo português João Moutinho sobre o norte-americano Freddy Adu, mas o que se passou foi que até o árbitro achou que aquele era um momento histórico:
Um português a rasteirar um americano é coisa digna de prémio, não de castigo.
Susana:
Esta conversa sobre pijamas já me está a dar sono, ainda assim prometo arregalar os olhos se encontrares algum verde flourescente que me faça brilhar num casting para o filme "Predador".
Beijos.
E depois somos nós que somos gráficas... Aaaaaarre!
mad:
Peço então desculpe por qualquer coisinha.
Beijos.
POrra um cacto?? Um cacto para o Pedro Henriques? Mas porquê homem? Penaltis ao verdes e os dos vermelhos não eram penaltis?
Não faço ideia de quem é o Pedro Henriques mas fiquei com pena do desgraçado.
Um cacto pelo... boooolas, até a mim me doeu!!
Rui:
Em primeiro lugar, as boas-vindas à moda da casa:
Bem-vindo seja a esta humilde casa de petiscos.
Em segundo lugar, é com júbilo que tomo conhecimento que este blog é lido na Madeira, depois de Faro, Beja, Óbidos, Lisboa, Porto, Brasil, entre outros.
Em terceiro lugar, quanto ao senhor que desejava ver sodomizado por um cacto, tenho que admitir que o que escrevi foi escrito a quente.
Agora, mais distante dos acontecimentos, até partilharia um copinho de poncha madeirense com o sr. árbitro em questão, desde que o dele estivesse envenenado, claro.
Sim, os benfiquistas também têm razão de queixa.
Tem por aí um cacto a mais?
Ana Vidal:
Acho que não seria grande castigo se lhe tivesse oferecido uma dúzia de margaridas...
Beijos.
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