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Terrorismo dentário
Regresso à cadeira do dentista em nova data susceptível a negros e ímpios devaneios impregnados de superstição. Depois de uma sexta-feira 13, uma terça-feira 11 de Setembro. Para equilibrar a psicose, estudo a possibilidade de marcar uma consulta para o dia de Natal, um dia infinitamente mais santo.
É um momento de déjà vu deveras fofinho: de novo uma terça-feira, de novo um nó na garganta e de novo a boca aberta de perplexidade, desta vez a ser esventrada por uma broca, enquanto na televisão desabam, de novo, as torres do World Trade Center.
Recomendo vivamente a todos aqueles que têm uma (ou mais) costelas sado-masoquistas.
Emprenhar pelos ouvidos
Aparece escrito na "TV Guia": "... Luciana Abreu, agora com um visual mais adulto (...) revela também estar emprenhada numa carreira como cantora."
Há gralhas venenosas, não haja dúvida.
Admitamos que a fedelha cultiva uma imagem de Madre Luciana que leva à náusea. E que tudo faz para ser uma estrela no opaco firmamento lusitano. Mas daí até andar a ser emprenhada, mesmo que por obra do Espírito Santo, vai uma grande distância, assim ela saiba manter as distâncias.
Desculpa-os Madre, digo, Floribella, digo, Luciana.
Eles não sabem o que escrevem.
A impressão que uma expressão faz
Não quero aqui fazer humor com o hiper-mediático e bastante histérico caso Maddie. Embarquei, numa primeira fase, na onda de solidariedade emocional para com os McCann mas, e obstante o desenrolar do processo, recuso-me a aderir ao outro espectro de opinion makers. Mantenho o espírito aberto a todas as possibilidades, tentando não perder de vista o essencial: Maddie McCann estará morta, vítima de um momento infeliz - para dizer pouco - de um ou mais representantes da sua espécie, dita "humana".
Posto isto, venho aqui manifestar a minha incredulidade perante as sumptuosas teorias de "especialistas no estudo das expressões faciais", que opinam sobre as lágrimas de Kate, quando lhe entra um cisco para o olho, ou o esgar de Garry sentado na sanita do Ocean Club. É a mais recente patetice no âmbito da tentativa de uniformizar, partícula por partícula, toda a complexidade e diversidade humana. E isso é, e vai continuar a ser, tarefa impossível.
Vejam o vídeo abaixo e perceberão o que quero dizer.
3 comentários:
Coragem!!! No dia de Natal parece-me bem, dava dramatismo à coisa...
Quanto à TV Guia e à menina em questão... Que tal acabarmos com as duas?
Ao caso de Maddie, é tudo muito estranho desde o início. Curioso é a facilidade com que a opinão pública se molda... Se por um lado choram com a dor dos coitados, na mesma hora odeiam aqueles seres com todas as forças. Não faço juízos de valor, nunca fiz...
Um beijo
Onde andas?
Maria e Susana:
Pronto, estou de volta com novas atoardas literárias... sobre futebol!
Mas vale a pena ler.
Digo eu.
Beijos.
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