11 setembro 2007

Flashes

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Terrorismo dentário
Regresso à cadeira do dentista em nova data susceptível a negros e ímpios devaneios impregnados de superstição. Depois de uma sexta-feira 13, uma terça-feira 11 de Setembro. Para equilibrar a psicose, estudo a possibilidade de marcar uma consulta para o dia de Natal, um dia infinitamente mais santo.
É um momento de déjà vu deveras fofinho: de novo uma terça-feira, de novo um nó na garganta e de novo a boca aberta de perplexidade, desta vez a ser esventrada por uma broca, enquanto na televisão desabam, de novo, as torres do World Trade Center.
Recomendo vivamente a todos aqueles que têm uma (ou mais) costelas sado-masoquistas.

Emprenhar pelos ouvidos
Aparece escrito na "TV Guia": "... Luciana Abreu, agora com um visual mais adulto (...) revela também estar emprenhada numa carreira como cantora."
Há gralhas venenosas, não haja dúvida.
Admitamos que a fedelha cultiva uma imagem de Madre Luciana que leva à náusea. E que tudo faz para ser uma estrela no opaco firmamento lusitano. Mas daí até andar a ser emprenhada, mesmo que por obra do Espírito Santo, vai uma grande distância, assim ela saiba manter as distâncias.
Desculpa-os Madre, digo, Floribella, digo, Luciana.
Eles não sabem o que escrevem.

A impressão que uma expressão faz
Não quero aqui fazer humor com o hiper-mediático e bastante histérico caso Maddie. Embarquei, numa primeira fase, na onda de solidariedade emocional para com os McCann mas, e obstante o desenrolar do processo, recuso-me a aderir ao outro espectro de opinion makers. Mantenho o espírito aberto a todas as possibilidades, tentando não perder de vista o essencial: Maddie McCann estará morta, vítima de um momento infeliz - para dizer pouco - de um ou mais representantes da sua espécie, dita "humana".
Posto isto, venho aqui manifestar a minha incredulidade perante as sumptuosas teorias de "especialistas no estudo das expressões faciais", que opinam sobre as lágrimas de Kate, quando lhe entra um cisco para o olho, ou o esgar de Garry sentado na sanita do Ocean Club. É a mais recente patetice no âmbito da tentativa de uniformizar, partícula por partícula, toda a complexidade e diversidade humana. E isso é, e vai continuar a ser, tarefa impossível.
Vejam o vídeo abaixo e perceberão o que quero dizer.

3 comentários:

Anónimo disse...

Coragem!!! No dia de Natal parece-me bem, dava dramatismo à coisa...
Quanto à TV Guia e à menina em questão... Que tal acabarmos com as duas?
Ao caso de Maddie, é tudo muito estranho desde o início. Curioso é a facilidade com que a opinão pública se molda... Se por um lado choram com a dor dos coitados, na mesma hora odeiam aqueles seres com todas as forças. Não faço juízos de valor, nunca fiz...

Um beijo

Anónimo disse...

Onde andas?

João Paulo Cardoso disse...

Maria e Susana:

Pronto, estou de volta com novas atoardas literárias... sobre futebol!

Mas vale a pena ler.
Digo eu.

Beijos.