Post nº57"Só estou bem onde não estou", cantava o saudoso António Variações, e cada vez mais penso que cantava sobre mim.
Sinto-me assim desde que me sinto, e até desde que me sento, e sinto-me também assim desde que me deito, neste caso não por não estar bem onde estou, mas por estar melhor quando estou com quem me sinto bem, esteja onde estiver...
Nesta fase, o leitor já deve estar a precisar de medicação, por isso vou directo ao assunto: Hoje venho falar de passadeiras. Pois... é claro que estava-se mesmo a ver.
Porque será que, quando sou peão, os automobilistas não me respeitam ao atravessar uma passadeira? Se eu fosse a Merche Romero, de mini-saia, até as ambulâncias do INEM, em serviço de urgência parariam para que eu passasse.
Mas quando vou de carro, e cívicamente paro na passadeira, os peões insistem em passar... passeando-se! Todos eles, gajas gordas, velhos de bengala, ou agrupamentos de escoteiros, passam automaticamente a Merches Romeros e transformam a passadeira em... passerelle.
Estudam poses, ensaiam passos...
Passo-me com a gente que passa e qualquer dia passo por cima! Juro!
Passem palavra.
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