19 fevereiro 2010

As Sextas ao Sol


Ainda não é caso para proclamar o regresso do fascismo, mas há uma característica ariana neste governo que é irrefutável:
Pelos menos uma vez por semana, Sócrates e ministros empalidecem e fogem do "Sol".

O semanário dirigido por José António Saraiva é hoje o principal municiador de alhos e crucifixos que atazana a vida da malta do governo.

Está longe de ser provado o adn vampírico deste XVIII Governo Constitucional, se de facto afincou os dentes onde não devia, se sugou verbas indevidas, se escondeu tudo atrás de um manto negro, evitando a indiscrição de um saco azul.

Mas quem não quer ser protagonista de uma série cujos protagonistas são facilmente identificados pelos caninos salientes, terá que ter, no mínimo, coragem para ir aos dentistas-jornalistas prestar contas, apesar do medo por quem tem como profissão escarafunchar em cáries fedorentas.

O clima de suspeição incrementado por uma nunca vista série de casos difíceis de explicar, não se resolve vivendo as sextas-feiras com óculos escuros e protector solar.

A sequência de sextas-feiras negras, primeiro com o "Jornal de Sexta" e agora com o "Sol", pode e deve ser vivida pelo governo de outra forma, para lá dos cenários mais sombrios de "Crepúsculos" e "Luas Vermelhas".

Bastava que a cada sexta-feira estes governantes fizessem como os baianos e saíssem por aí de cara lavada, vestidos de branco, em nome da transparência.
E que Iemanjá os ajude.

1 comentário:

Sun Iou Miou disse...

Não tenhas saudades de mim. Continuo a vir por aqui, mas quase não comento nos blogues ultimamente. Tenho de me concentrar no trabalho. :)

Vampiros não faltaram na história da Humanidade. Só que contrariamente ao que se pensa, não se alimentam de sangue alheio: convertem o sangue alheio em euros e depois vão às compras como toda a gente.