17 fevereiro 2010

Hérnia Uma Vez o Espaço


Quinze dias sem carro, cinco dias com um torcicolo, e continua a contar.
Está a ser um ano muito engraçado, sim senhor.
Novidades desta velha carcaça?
Cá vão elas:

Hérnia uma vez um pescocinho de cristal que não podia ser mordiscado por vampiros, porque o cristal partia-se e a vampiragem começava a sangrar das gengivas, o que não ficava muito bem no cinema e na televisão.
Ou se calhar até dava um toque realista à coisa...

Nesse pescocinho vivem duas pequenas hérnias.
Chamam-se Hérnia José e Hérnia Menegildo Capelo e têm crescido tanto, tanto que já estão em boa idade de irem para a escola sozinhas.

Mas não querem ir, as filhas da puta.
Preferem permanecer incómodas e iliteradas, na parte de trás do meu pescoço.

Como já escrevi o ano passado neste mesmo blog, volto a brindar o mundo com imagens dignas de dó, comiseração e zombaria.

E não adianta explicar às senhoras que por mim passam, que o meu pescocinho torto é um belo S de Azeitão, porque elas não mordem esta.
Triste momento este, ignorado por melgas, vampiros e ninfomaníacas...

Mas continuo a lutar por melhores dias.

Amanhã de manhã, por exemplo, vou levar a Hérnia José e a Hérnia Menegildo Capelo ao jardim, para que possam experimentar os baloiços.
E vou empurrar com tanta, tanta força que espero vê-las desaparecer no espaço.

E como o ano está com um piadão, tenho que conseguir fazer isto, antes que escorregue numa casca de banana e parta uma perna, ou antes que me caia um piano em cima.

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