Gatos Fedorentos e Ratos da Política

A SIC transmite desde segunda-feira o "Jogo do Gato e do Rato", em directo, no horário nobre.

Cinco novelos de políticos fofinhos são entregues a quatro gatos ávidos por esmiúçar contradições, gaffes e roupa interior com indícios de badalhoquice.

A ideia do canal de Carnaxide era oferecer aos teleespectadores, políticos feitos em farrapos, antes das paredes de esferovite esburacadas, uma espécie de lasquinhas de bacalhau e queijo suíço, como aperitivo para jantares mais tardios, e para todos os que sofrem de indigestão quando papam três novelas de seguida.

Acontece que, na arena televisiva, os políticos têm-se mostrado difíceis de esgatanhar.

Um pouco pela falta de experiência dos gatos no que concerne aos confrontos corpo-a-corpo, mas sobretudo pela habilidade das ratazanas da política, habituadas a fintar as mais engenhosas e traiçoeiras ratoeiras.
Um caso de ratice, puro e duro.

Ainda assim, na minha opinião, os confrontos têm sido equilibrados e divertidos.

E prefiro mil vezes assistir a estes combates de mind games que uma sessão de gajos musculados, meio nus e suados, num combate simulado pontuado por urros e irritantes locuções.

Ah, é?
Mas se fossem gajas meio nuas e suadas, num combate simulado pontuado por gemidos e dobragem em espanhol, já gostavas, não era?
Já não te interessavas por gatos e ratos em mind games, pois não, seu porcalhão?

Com essa é que me tramaram, seus patifes.