05 julho 2010

Jardim da Estrela

Se anda por Lisboa a morrer de calor, vale a pena perder o fôlego e escalar umas das colinas para desfrutar do grandioso Jardim da Estrela, um dos pulmões verdes da capital portuguesa.

Estive por lá este sábado e, mesmo antes de abocanhar um gelado, estive quase, quase para berrar um "Olá, fresquinho!".

O jardim, centenário, tem hoje, para além dos múltiplos espaços verdes, lagos com patos, carpas e outra bicharada, um coreto verde de ferro forjado construído em 1884, cafés, fontes, monumentos, feiras, gente a tocar, a correr, a brincar, a merendar ou até a dar uns amassos, enfim , de tudo um pouco, como se fosse um mini Central Park.

Em frente fica a majestosa Basílica da Estrela e, quanto ao Leão, que deu nome a um dos mais famosos filmes portugueses, existiu mesmo e chamava-se Panhel.

No século XIX estava por ali, numa jaula, exposto como exótico devaneio dos lisboetas, chegou a ser noticiado que tinha fugido e morto duas pessoas, esteve doente, foi operado e anos depois acabou por morrer, tudo antes de existir Jardim Zoológico na capital.
A jaula foi desmantelada já nos anos 20 do século passado.

Hoje em dia, como se sabe, os leões entendem que estão pouco valorizados e, por exemplo, se no Porto pagam mais para os ver, é para lá que eles vão.

Mas o mundo continua a girar, sem a estrela no Leão, sem leão na Estrela, mas ainda com o jardim, com tudo o que permanece de bom nesta vida, em especial a fidelidade dos eternos amores.

Sem comentários: