04 novembro 2008

Black Diamond

A América vai a votos.
De um lado John McCain, do outro Barack Obama.
As sondagens, os media e a Europa já escolheram.
Ganha o preto.

Trata-se de uma tendência global iniciada em 1936 com o velocista Jesse Owens que deixou Hitler branco como a cal, nos Jogos Olímpicos de Berlim.
Depois veio o Edson Arantes do Nascimento, o Pelé do futebol, o Mike Tyson, Tiger Woods e Lewis Hamilton.
Boxe, Golfe e Fórmula 1, para quem não lê "A Bola" habitualmente.

Na música, o fenómeno já vinha dos tempos de Nat King Cole (ou como diz muito boa gente, "o neto que engole") e explodiu definitivamente com Michael Jackson (ou como diz muito boa gente, "o preto pedófilo").

Sabe-se ainda que Vasco da Gama viu-se negro para chegar à Índia, em nome d' el-rei D. Manuel I, temente a Deus como todos os "el-reis".
E por falar em deferência divina, só falta mesmo um papa negro, o que implicaria substituir o alemão com cara de bulldog por alguém com feições de dobberman.
Piada fraquinha.

A cor negra domina ainda no dia-a-dia, por causa da cotação do petróleo que move o mundo e domina cada vez as mesas dos restaurantes nacionais, porque o feijão preto veio para ficar.
Daqui a bocado vou amarfanhar uma picanha com tudo a que o meu colesterol tem direito, só para comprovar as linhas de cima.

E podia continuar por aqui a fora.
Só as bundas cor de ébano dariam um capítulo à parte.

Como costuma dizer o povo na sua infinita sabedoria, "a coisa está preta".
E desta vez ainda bem.

Mas como há sempre um irresistível fascínio norte-americano para votar em atrasados mentais, fico a torcer para que os ianques não votem por aí além no avôzinho Rambo e na assassina de focas-bebé.

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