O Eldorado - Edição nº 215
O próximo presidente dos Estados Unidos deverá ser, pela primeira vez, uma mulher.
Ou um mulato bem falante.
Ou um velho veterano do Vietname.
Em resumo, vem aí merda outra vez.
Peço desculpa pela linguagem, mas a palhaçada que são as eleições norte-americanas tira um monge tibetano do sério.
Como se não fosse bastante o facto de serem necessários 10 meses para escolher um mentecapto, há que contar ainda com um sistema eleitoral surrealista, propaganda cheia de frases feitas e dois únicos possíveis vencedores, democratas ou republicanos.
É como se tivéssemos de escolher entre o Tico e o Teco, só que em vez de esquilos aqui a escolha é feita entre burros e elefantes, pobres representantes do mundo animal cujas acções judiciais para processar os políticos norte-americanos por uso nocivo e abusivo de imagem está em curso desde que a Arca de Noé atracou em Manhattan.
O pior é que estas eleições são filmadas e transmitidas para todo o mundo.
No Irão, por exemplo, as famílias reúnem-se na sala para assistir aos noticiários e para escarrar no televisor.
E há mesmo quem de manhã aproveite a gosma da noite anterior para colar no televisor papelinhos com recados...
"Querido, não te esqueças de ir comprar pão."
Ou o célebre recado antes dos putos irem para a escola...
"Raija, a burka está passada a ferro na sala; Mohammed não te esqueças que hoje tens de explodir dentro de um autocarro."
Na Venezuela, tenho conhecimento que o presidente Hugo Chavez baixa as calças e roça as badanas das suas nádegas socialistas na televisão sempre que aparece a boçal fronha de Bush ou a do actual candidato republicano John McCain.
Já se aparece a figura de Hillary Clinton, ele vira-se e roça a parte da frente o que até lhe traz uma sensação de frescura aos tintins e restante genitália.
Uma aparição de Barak Obama ainda não suscita qualquer tipo de esfreganço.
Seja na Venezuela, no Irão, na Suécia, Cambojda, Paraguai ou no Kosovo adorador da grande nação americana, Barak Obama é mesmo a sensação do momento.
De onde vem? Para onde vai? Como é que se esfrega no televisor?
Questões pertinentes em relação a um homem cujo maior trunfo parece ser o de conjugar na perfeição sujeito e predicado no famoso e assertivo "Yes, we can".
Ainda assim um upgrade em relação ao asno Bush que necessita de uma equipa de 10 assessores para conseguir balbuciar a palavra "cocó".
Sendo eu um homem de esquerda, prefiro que, em Novembro, McCain seja vencido por Hillary Clinton ou Barak Obama.
E entre estes dois, começo a preferir o senador do Illinois do que ver outra vez um Clinton na Sala Oval, até porque não gosto de ver o mesmo filme pornográfico duas vezes.
Obama é bem humorado e bem falante.
O seu jeito de fazer política é enérgico, ritmado, musical.
De facto, quando vejo um preto a dar baile a uma loura de rabo grande sinto-me como se estivesse a ver e a ouvir hip-hop na MTV.
9 comentários:
mais um rasgo de originalidade.
olha afinal o meu blogue nao sera blogue e sim um website para mostrar os meus travalhos artisticos. nao tem égajas nuas... por enquanto.
paulo.web.officelive.com
em construçao
byebye
Paulo Cristo:
Enquanto não tiver gajas nuas...
chegar das presidenciais nos states à mtv é coisa de mente muito complicada! gosto.
Patrícia:
Vou passar a usar "mente complicada" como nomes do meio...
Beijos.
"Raija, a burka está passada a ferro na sala; Mohammed não te esqueças que hoje tens de explodir dentro de um autocarro."
LOLOLOLOL
Lá vais tu para o Porta do Vento, JP. A esta não resisto!
Beijinhos
Por muito que quisesse confesso que me parece impossível escolher algum candidato do meu agrado. É que eu, que nem americana sou, nem tão pouco estou lá para ver e ouvir, já estou tão fartinha da fantochada que são as eleições americanas...
Qualquer um deles já me dá náuseas. E se por acaso o Obama era aquele que menos me incomodava, tinha de vir a Oprah meter-se ao barulho para estragar tudo. Será que não acabam com a raça dessa senhora que já começa a ser indegesta...?
Beijos, até já!
av:
Este post não representa grande rasgo de imaginação, porque Raijas debaixo de burkas e Mohammeds em cima de bombas acontece mesmo lá por aquelas bandas onde uma garrafinha de água é mais cara que atestar o depósito do carro.
Quanto à distinção/castigo "Lá vais tu para a "Porta do Vento"", que seja mesmo só um bocadinho porque lá em casa está tudo constipado e não me parece bem estar na corrente de ar.
Beijos.
Susana:
Também estou farto de Oprah sem Rigoletto, seja o tenor branco ou preto.
Mas o mais interessante do teu comentário foi a novidade inesperada que cai como pedrada no charco:
"É que eu, que nem americana sou(...)"
Meu Deus!
E pensar que tudo apontava para que fosses americana!!
:)
Beijos!
Não te faças de modesto, JP. O rasgo de imaginação está, obviamente, em transformar essas realidades em recados colados na televisão com... cuspo, como recomendações de mãe.
Mas... eu estou parva? Estou a explicar-te (a ti!) a graça que tu próprio escreveste!!??
Bom, espero que não te tenhas constipado com a corrente de ar.
Um beijo
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