20 dezembro 2006

Christmas Blues

Postagem nº 11

1. Contagem de tostões para comprar presentes de Natal. Lista de futuros presenteados necessariamente curta, família mais próxima e namorada. Diferença abismal entre vontade de dar e possibilidade de o concretizar.
Ainda assim, a tarefa foi superada e um ténue sorriso desenhou-se no meu rosto, embora permanentemente acompanhado de um novelo de angústias várias, suspenso na garganta. Quero vomitar esse novelo cá para fora, porque não me pertence. Não quero ser personagem deste filme.
O melhor presente que posso dar a mim próprio é assegurar o futuro.
Para que no próximo ano o Natal custe menos a engolir.
2. Outra questão diferente é aprender ao longo dos anos que a vida só tem dois momentos inevitáveis: nascimento e morte. E que o segundo é inapelavelmente mais dramático do que o primeiro, embora dependendo das circunstâncias, nascer também possa ser trágico.
Uma vez mais, é no Natal que o sombreado cinzento de pessoas que já desapareceram, e que nos foram queridas, ganham um traço mais fundo a negro, quase ganhando vida. Dolorosa ilusão.
E este ano há um familiar que parece estar definitivamente de partida. Cumpriu o tempo que lhe estava destinado e prepara-se para seguir outra viagem. Nunca há uma data boa para partir, mas...
3. E existes tu. A minha estrela de Natal. Mesmo que a voz ligeiramente se apague, a tua luz continua a acender as minhas noites. Deixo-me guiar até ti para te dizer: Conta SEMPRE comigo amor.

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