16 novembro 2009

Vamos Dançar o Vírus


Desde a semana passada tem sido um virote.
Uma panóplia de viroses, para todos os gostos, com indisposições, dores musculares, borbulhas e ataques de sonambulismo.

Os ataques de sonambulismo são só para disfarçar, mas tenho já a dizer que o tipo com pijaminha azul turqueza, que ontem assaltou um palhaço, não era eu.

A propósito, vendo flor de plástico que esguicha água.
Pechincha.

Pois diz que a dança com vírus, começou com as indisposições do meu sobrinho, passou pelos receios de tétano numa das minhas belas pernocas, prosseguiu com uma espectacular colecção de bolinhas vermelhas na mais querida das borboletas, e culmina, para já, com a constatação que no local de trabalho só sobrevivem à maldição dois patetas, sendo que um tem uma perna esfaqueada.

Com tudo isto, o H1N1 sente-se como aqueles meninos que estão na fila de trás da sala de aulas, sempre com o dedo no ar, mas a quem a professora simplesmente ignora.
Seja porque dá a vez a outros meninos, seja porque se recorda da queca da noite anterior.

Pois por aqui, e por enquanto, a Gripe A ainda não fod** ninguém, não lhe restando alternativa que não seja esperar pelo fim da dança de vírus, que lá vamos dançando à vez.

Inevitavelmente haverá um momento em que, aproveitando um intervalo nos acordes febris, abordará um de nós, perguntando "a menina dança?"
Deverá levar tampa, porque tango e hip-hop não se dançam ao mesmo tempo.

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