Clara no Quarto Escuro

Clara Pinto Correia, que é bióloga, professora, escritora e adicta em polémica, volta a ter um espaço só para si nos media nacionais.
A modos que uma Elsa Raposo com QI superlativo.

Se fosse director do "24 Horas", sabia que a Clarinha não me iria deixar mal, não tanto pela complexidade e meritória investigação no campo da biologia, muito menos pelas suas deambulações literárias, mas pela saudável vocação para se atirar de cabeça para o pântano da nação e fazer ondas.

Clara Pinto Correia apareceu nua na revista do "Expresso", clonou um artigo da "The New Yorker" transformando-o numa crónica de sua autoria, apresentou programas com títulos sugestivos como "Morfina" e agora fotografa-se em êxtase, eternizando em película efémeros e efervescentes orgasmos.

Junte-se, só pela piada, o facto de ser irmã da muito menos rebelde Margarida Pinto Correia.
Tão menos rebelde que até casou com o vocalista do grupo Trovante.
A Clara casaria, sem problemas, digo eu, com o vocalista dos Rammstein.

Por acaso, foi o companheiro da bióloga, Pedro Palma, o autor das fotos encaloradas da Clara.
Que na fogosidade dos seus quase cinquenta anos até nos aquecem, e neste gélido Inverno isso é muito bom.

Mas ainda assim, se não se importam, mantenho no topo da lista "Melhores Expressões Orgásmicas" (sim, faço rankings de tudo e mais alguma coisa), a inolvidável performance de Meg Ryan à mesa de um restaurante, quando simulou um orgasmo dos bons para o estupefacto Billy Cristal, no já clássico "Whem Harry Meet Sally".

Não é por nada, só porque resultou menos assustador.
Sei que é esquisitice da minha parte, mas continuo a preferir que o erotismo e o terror não subam para a cama na hora do nhec nhec.
Para isso já existem "Crepúsculos" e "Luas Novas".