Diz que continuam desaparecidos os cinco descendentes de conquistadores espanhóis, o chihuahua com uma pala no olho esquerdo e o unicórnio licenciado em gestão de empresas que procuravam a mítica cidade do ouro...
26 abril 2010
Exército Vermelho
Ontem tive uma ideia de como ficaria a cidade de Lisboa depois de um terremoto.
A cidade branca passou o dia tingida de vermelho, mas não eram lágrimas nem sangue derramado.
Nada disso.
Apenas gente ululante a gritar "SLB" e "viva o 25 de Abril".
Bêbedos, uns e outros.
Era tamanho o mar de gente rubra, que só me faltou uma prancha de surf para me julgar um Kelly Slater no Mar Vermelho.
O Raul Castro chegou a pensar vir cá lanchar, entendendo sentir-se em casa, e os comunistas que restam na Rússia tiveram a ideia de instalar cá o Kremlin, mas já havia uma discoteca com o mesmo nome.
Feitas as contas, havia menos cravos fixos nas lapelas do que papoilas saltitantes, tudo por capricho não dos deuses, mas das profundezas dos infernos, ou não estivéssemos a falar de uns quantos Diabos Vermelhos, com licença dos mais numerosos "rapazes sem nome".
Eram aos milhares, os benfiquistas nas ruas da capital.
Já não via tanta gente a glorificar uma galinha do próprio emblema, desde a convenção da KFC.
Vermelho, muito vermelho.
Por momentos, imaginei a Fafá de Belém a correr de mamas à mostra, mas o Belém vai descer, já não é o que era.
Possivelmente as mamas da Fafá também não, só descem, mas não tenho provas.
O Mar Vermelho - o mundo está de pernas para o ar - desaguava ontem no Atlântico.
O clube da galinha cor de sarampo jogou no Parvalhão com uns quantos espanhóis e foi campeão europeu de futsal.
Na relva, festa adiada por causa do Braga.
Arcebispos e diabos vermelhos não combinam.
Mas a maralha do SLB já prometeu a fatia maior do bolo da festa, mais tarde ou mais cedo.
E hão-de desflorar o Capuchinho, espetar Ferraris contra o Marquês e haverá dentadas, tiros e gente a cortar o braço só para ver sangue bem vermelho a jorrar.
Mesmo que pareça um filme de terror mal feito.
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1 comentário:
E a galinha essa come-se?
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