O Cavalo de Soraia Chaves

A curvilínea Soraia Chaves, autêntico tesão nacional, está a gravar a série "A Vida Privada de Salazar".
Ela vai fazer de Maria Emília Vieira, uma astróloga, mulher avançada para o seu tempo, que foi conselheira do ditador português e depois sua amante.

Salazar podia ser o pior paladino da liberdade colectiva da nação mas, em privado, soltava-se bem, e só me faltou saber se a tal astróloga era também pecaminosamente esculpida como a bela Soraia.

"Como a bela Soraia" é a melhor forma de terminar um parágrafo e começar uma sessão masturbatória. Mas enquanto se escreve não se brinca.

Ainda assim, não conheço um homem sequer - imberbe ou octagenário, macho ou paneleiro - que, neste país, não tenha vontade de derrubar a Soraia numa cama ou encostá-la contra a parede. E sei que também as mulheres gostariam de experimentar, não me venham cá com falsos pudores.
Pelo menos não me venham estragar as fantasias.

A Soraia é tão boa, mas tão boa, que é a única atriz que conheço que, além da velha piada de ser tão boa actriz como atrás, é também a única que realmente encarna um papel, como se viu nos filmes "o Crime do Padre Amaro" e "Call Girl".
Aquilo é que é encarnar.
É a chamada carne para canhão e não será preciso estar para aqui a explicar a metáfora.

Diogo Morgado vai fazer de Salazar, facto que fez com que deslocasse o maxilar de espanto.
Vale-me a fisioterapia embora tema que o rapaz se safe bem no papel o que fará com desloque outra vez a queixada.

Já o cavalo que a bela Soraia montou esta semana, em gravações no Terreiro do Paço, tem feito muito bem o seu papel.
Inclusive mandou a tusa, digo, a musa ao chão provocando sustos na equipa e escoriações no belo corpinho leitoso da actriz.

Ao que tudo indica, o cavalo achou que a bela Soraia a cavalgá-lo era uma posição contra-natura.
Com uma mulher daquelas, o bicho preferia que fosse ao contrário.