"Sextas Com Velharias", uma viagem ao passado, parceria "O Eldorado/Máquina do Tempo", que foi a solução encontrada para que o leitor tivesse que ler no fim de semana e, ao mesmo tempo, há que confessá-lo, fazer com que não gastasse muito tempo com o blog, por que infelizmente, há responsabilidades para além deste mundo tão lúdico e pueril.
Vamos começar por recordar o Cubo Mágico.
Muito antes das tabelas de Sudoku e dos impressos do IRS, houve um quebra-cabeças que se tornou rei e senhor dos nossos tempos livres, o Cubo Mágico.
A geringonça foi inventada em 1974 por um húngaro que, reza a lenda, baseou-se no nosso 25 de Abril...
"Olha! Uma revolução dos cravos em Portugal! Cravos... cravos... cubo mágico! É isso"!
Só que o dito cubo, digo o dito cujo, só rebentou em força nos anos 80 em Portugal.
Primeiro, rebentou ; depois muitos rebentaram com ele, porque a traquitana exasperava quem se atrevia ao reque-reque agregador de faces cromáticas.
Eu próprio andei às turras com um cubo mágico e, se é verdade que ele nunca se deixou montar totalmente (esta frase ficou um bocadinho estranha...), eu também não me deixei ficar.
Como muitos outros trintões e quarentinhas, chegou uma altura em que eu agarrei na coisa ( esta também não soou bem...) e desmembrei-a, pensando que seria depois mais fácil colocar as seis faces coloridas bem ordenadas.
Nããã.... e era uma vez um cubo mágico.
Outra brilhante ideia que a malta tinha era a de descolar os autocolantes coloridos e colar os amarelinhos todos na mesma face, os vermelhos, os azuis e por aí adiante.Mas nem todos desistiam tão facilmente e por toda a parte chegavam ecos de feitos cada vez mais heróicos:
- Pessoas que conheciam pessoas que tinham feito o cubo.
- Gente que tinha resolvido o cubo sem recurso a drogas.
- Gajos de óculos de fundo de garrafa que resolviam o cubo em poucos segundos.
- Cromos que eram convidados para resolver o quebra-cabeças no "Passeio dos Alegres"do Júlio Isidro.
- Competições europeias e campeonatos do mundo.
A moda passou e não há, no remanso do lar, vestígios de tão peculiar objecto.
E foi assim, felizmente, que a Knorr voltou a ter os melhores cubos lá de casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário