27 fevereiro 2009

A Estrela do Leão


D
epois da afirmação de força contra o Benfica e do descalabro frente ao Bayern de Munique, o Sporting volta a entrar em campo amanhã, no Estádio do Dragão, frente ao F.C. Porto.

É a reedição de um clássico de sempre, pano de fundo para um dos mais saudados e saudosos momentos do glorioso cinema português a preto e branco: o pontapé de António Silva na mesinha de sala, culminando uma série de fintas às cadeiras e sofás.

Seria assim que Travassos mataria o dragão, pode ser que assim seja com Liedson amanhã, no Estádio com nome de livro infantil, se o "Leão da Estrela" inspirar a estrela do leão.

Enquanto não chega o futuro, vem aí o grande regresso ao passado.

A partir de 10 de Abril, estreia "A Máquina do Tempo", num blog perto de si.
Um banho de recordações que inclui salpicos de velhos programas de televisão, entre telenovelas que ficaram na memória, desenhos animados que marcaram a infância, as boas velhas séries como "Verão Azul" e muito mais.

E ainda clássicos do cinema, os livros do Tio Patinhas, os postais antigos, as músicas inesquecíveis, a publicidade, o cubo mágico, os walkmans e até fotos aqui do menino e família, muito, muito tempo antes desta dor nas costas e da ferrugem nas dobradiças desta vossa velha carcaça.

Entretanto, o "Eldorado" vai continuar por aqui, com a maluquice de sempre.

E agora, caros amigos eldoradenhos, benfiquistas e tudo, gritem comigo:
"GOOOOOOOLO DO SPORTING!!!"

26 fevereiro 2009

B... de Bolas!


L
eva a imparcialidade que considere meritório o comportamento do Sporting frente a equipas com b pequeno, como o benfica e o belenenses, e humilhante frente a equipas com B grande, como o Barcelona e o Bayern.

The Sex Files #1 - Instinto Fatal


Em 1992, uma Sharon Stone no auge da sua fase "devorem-me que sou boa todos os dias", protagonizou o thriller erótico "Instinto Fatal".

O filme ficou conhecido por um revelador descruzar de pernas, embora também tenha popularizado os picadores de gelos, como instrumento capaz de quebrar o gelo no bar, obviamente, mas também na cama.

Na película, a bela Sharon vai para a cama com tudo o que se mexe, sejam homens ou mulheres, mas reproduz-se aqui a cena mais marcante, com uma vantagem e um senão.

O senão é a ausência de som, uma lacuna que pode ser ultrapassada com recurso à imaginação.
Quando a Sharon descruzar as pernas, imaginem uma rajada de vento, por exemplo.

A vantagem é que este pedacinho de cinema erótico também prima pela ausência de odor.

Não há, na história do cinema erótico, uma cena tão surpreendente como este pedaço do filme de Paul Verhoeven.

Sharon descruza as pernas e... tcharan!!
Não há cuecas.
Badalhoca.

É como quem diz,
"vejam lá o que tenho aqui: um bicho cabeludo!"

Nesta cena, uma rebelde Catherine Tramell, dá largas à sua faceta mais debochada, fumando onde não é permitido e, claro, descruzando as pernas para revelar uma cena digna de ser pintada por Gustave Courbet.

Na sequência deste inquérito, a bela Catherine acabaria por ir para a cama com Nick (Michael Douglas).
Acaso o inquérito tivesse sido na PSP de Braga, seria apreendida e aviada por toda a esquadra.

25 fevereiro 2009

Serpentina Turner


J
á é Quarta-feira de Cinzas e mais uma vez não fumei nenhuma mulata no Carnaval.
Enfim... a vida segue o seu corso.

24 fevereiro 2009

A Vida Secreta de um Carro Alegórico


Não pensem que a vida de um carro alegórico é só folia, serpentinas e papelinhos coloridos.
O Carnaval são três dias e a vida só dois, diz o adágio, mas nem queiram saber o que custa esse par de dias para os carros carnavalescos.

Logo após o Carnaval, os carros alegóricos são escondidos em celeiros algures no Baixo Alentejo.
Uma localização só conhecida pelo exército português e pelo José Cid.
É uma espécie de Área 51, não com os extraterrestres de Roswell mas com os outrora cisnes das estradas, transformados em patinhos feios do alcatrão.

Ali vão permanecer durante quase todo o ano, debaixo de oleados cheios de nódoas e teias de aranha porque, convenhamos, um carro alegórico nunca servirá para levar a miúda ao cinema, por exemplo...

"Olha, amor, vou-te buscar às 9, no meu carro 'Neptuno, Rei dos Mares'.
Vais lá em cima no trono, junto à sereia gigante de fibra de vidro e celofane.
Sim, eu sei que os teus pais não te querem ver comigo, mas prometo ser discreto."

Um carro alegórico não tem amigos, nem polícias ou ladrões.

Jamais verá um ser alvo de "alegoric-carjacking", pois não é crível que um gang encapuzado da Bela Vista ou da Buraca se resolva a assaltar ourivesarias com pompa e extravagância.

Jamais verá um ser multado por excesso de velocidade, até porque estes carros não passam de tractores transformistas, que escondem rodados e arados, sem conseguir disfarçar o másculo ronco do motor, mesmo que abafado por um "atravessei o deserto do Sahara, o sol estava quente e queimou nossa cara".

Um carro alegórico está proibido de andar na auto-estrada e em vias secundárias.
E também na cidade, junto a outros carros, em ciclovias ou na via do bus.
Esperam há muito a aprovação de uma via pejada de papelinhos onde possam circular à vontade.
É triste que este governo, junte à impotência para resolver os problemas do desemprego, da saúde, da justiça e dos múltiplos desajustes sociais, uma completa indiferença para o caso dos carros alegóricos.

O ano corre e os carros alegóricos ganham pó.
Só saiem por alturas da inspecção automóvel e, mesmo aí,mais valia não saírem.

Convenhamos que é humilhante quantificar as serpentinas na parte de trás do cabelo de Santana Lopes, constatar se o Magalhães tem triângulo e colete reflector, constatar o estado dos pneus da Simara, mandar acelerar uma cabeça gigante de Sócrates ou averiguar se os mamilos da Nereida piscam convenientemente para a direita e para a esquerda.

23 fevereiro 2009

Sean Pennis


D
epois dos Óscares, novo bordão popular nas noites quentes do Bairro Alto:
You got Milk?

400 e muito mais


POSTAGEM Nº 400


E
lá chegámos às 400 postagens.
Dois anos e três meses de blog com muito para ler, sorrir, gargalhar um pouco e o mais que está para vir.

Aproveitando o desfile das escolas de samba, o trem eléctrico e o requebro da mulata, o "Eldorado" vai acelerar um pouco esta semana.
Tem que ser.
Quero o melhor para vocês sem descansar à sombra da palmeira.

Aqui vão algumas novidades:

» Na quinta-feira estreia os esperados "Sex Files" e de hoje a oito dias, uma espécie de diário dos meus dias, a que, num rasgo delirante de criatividade, resolvi chamar...
"Diário".

» No final da semana, anuncio pela primeira vez, a criação do meu segundo blog, a estrear em 10 Abril.

» De referir que, desde há algum tempo, este vosso escriba tem também um humilde espaço no blog "Porta do Vento", às sextas-feiras, junto a nomes como Marie Tourvel, Pedro Silveira Botelho ou a mais mediática Rita Ferro.

Estar num grupo onde pontifica a escritora Rita Ferro é, como podem imaginar, ao mesmo tempo motivo de orgulho e vitamina para o ego.
Sei que ainda não encontrei naquele espaço o registo certo, mas vou trabalhar nisso, nem que para tal tenha de recorrer a cogumelos alucinogéneos.

» Fui também convidado para redigir o testamento de José Maria Bacalhau para o Enterro do Bacalhau que encerra as festividades carnavalescas no Pinhal Novo.

O testamento do defunto, lido ao povo caramelo do alto do coreto no Parque José Maria dos Santos, a partir das 22 horas desta quarta-feira, inclui remoques certeiros endereçados às figuras pinhalnovenses e, sobretudo, a renovação de um estilo, feita à custa de algumas das imagens de marca que norteiam o "Eldorado", nomeadamente...
a parvoíce.

Reforço que quero mais.
Que o telemóvel toque mais vezes porque eu estou pronto.
Inclusivamente para a Batalha Naval.

20 fevereiro 2009

Lay Off


O
"Eldorado" vem por este meio anunciar que suspende momentaneamente a produção nesta unidade fabril.
Por excesso de encomendas, o que é logo uma coisa muito à frente.

Este vosso escriba tem em mãos outro tipo de tarefas (sim, coçar o escroto é uma delas) com dead line bem definido e compromissos são compromissos.

As novidades ficam para segunda-feira, no regresso deste blog, que coincidirá com a 400ª postagem que, feitas as contas, seria esta, mas pronto, a demência, no meu cérebro, é quem mais ordenha.

A rubrica mais lasciva de toda a blogosfera ("Sex Files") que tinha estreia prevista para esta quinta-feira, fica adiada para dia 26, relembrando que uma ante-estreia com direito a meninas aos beijos num duche escaldante, foi publicada cinco postagens abaixo.

E é isto.

Conto com todos os leitores, os amigos, os indefectíveis e os curiosos, na segunda-feira.
Beijos para as meninas e abraços para os gajos e, já agora, um bom fim de semana, apesar daquela coisa a que chamam "Carnaval".

17 fevereiro 2009

Brigadas Vermelhas


H
á óbvias semelhanças entre Hugo Chávez e um Ferrari.
Aparecem sobretudo de vermelho, são bruscos no arranque e ruidosos quando estão lançados.

E se a Ferrari é conhecida desde sempre pela marca do cavalinho, o Chávez há-de ser uma cavalgadura para sempre.

De acordo com os resultados do último referendo, uma espécie de "cavalgaduracell con pilas hecho en Venezuela".

16 fevereiro 2009

A Feira do Alfarrabanço


Caros amigos, cá estamos para mais o início de uma semana, n'est-ce-pas?
Espero que tenham aproveitado o sol deste fim de semana, um maná de S. Pedro que não desfrutávamos desde Setembro... de 1735.

Espero também que tenham aproveitado o Dia dos Namorados para enfiar a língua na boca uns dos outros, não importa género ou número, quero lá saber, não me comprometam com um qualquer Episcopado.

Hoje não venho falar de quem dá uma Episcopoda bem dada, mas daqueles que preferem um bom Alfarrabanço.

Os domingos à tarde, no Pinhal Novo, são do melhor para o Alfarrabanço.
Sei de quem sai de casa de propósito para o efeito.
Velhos e novos, gordos e magros, homens e mulheres, todos se pelam por umas boas horas de Alfarrabanço, alguns, inclusivamente, depois de uma boa Episcopoda bem dada p'lo pároco cá da terra, o que demonstra além de uma assinalável resistência física, uma vontade de viver do tamanho do mundo.

Os alfarrabistas são uma mistura de vendedores de seguros com Indiana Jones.
São insistentes e chatos que nem a potassa mas, por outro lado, nutrem por aquelas velharias um amor tão lindo, que até já estou de lencinho na mão para enxugar as lágrimas e, vá lá, limpar um ou outro burrié mais irrequieto.

Não é qualquer um que alfarraba, meus amigos.

Antes do mais há que preparar bem o cenário para um bom Alfarrabanço, prescindindo neste caso dos lençóis fofinhos, da musiquinha de elevador e das velas perfumadas.

Aqui o importante é dispor de forma atractiva as peças a alfarrabar os mais incautos.

Neste ponto, muitos são aqueles que pedem ajuda a pessoal especializado da PJ e da PSP, que são os mestres do aprumo na hora de mostrar ao mundo os produtos apreendidos, organizados por cores, tamanhos e possibilidades de fazer pendant.

O pregão-ladainha para cativar potenciais clientes para o Alfarrabanço também é importante e, não raras vezes, é adoptada uma entoação meio aciganada.

E não é só a entoação.
A transacção também premeia mais o alfarrabador, perdão, o alfarrabista, do que o alfarrabado, mas isso era esperado, porque a palavra já diz tudo.

Um vizinho aqui do menino, costuma chegar a casa aos domingos, sempre com a mesma queixa:

"Maria, fui alfarrabado lá atrás, junto à igreja!"

Ao que ela responde:

"É o costume."

13 fevereiro 2009

Recordações de um Amor Azarado


Hoje é sexta-feira 13, amanhã Dia dos Namorados e inevitavelmente lembro-me dela.
Eu tinha 18 anos, ela 16.
Partilhávamos a sala de aula e a sala dos meus pais.
E doses monumentais de azar.

A minha vida mudou quando comecei a namorar a Rita e não foi para melhor.
A miúda era um gato preto com mamas.
Um espelho partido com pernas.
Uma eterna sexta-feira 13.

A culpa é minha porque não soube interpretar os primeiros sinais.
Logo ao primeiro beijo, estava na cara que aquela relação não ia dar certo.
E quando escrevo "na cara" poderia ser mais rigoroso e escrever, "estava no lábio".
Foram 15 dias a passear um herpes do tamanho de um esquilo e, parecendo que não, este é o género de incidente que mina a auto-confiança da adolescência.

O "Não Há Estrelas No Céu", de Rui Veloso, fala de poucos amigos e de muitas borbulhas mas não menciona herpes do tamanho de esquilos, transmitidos por namoradas amaldiçoadas.
Não pescas nada disto, Carlos Tê.
Adiante.

Com o tempo, à custa de muita borracha mandada para o ferro-velho do Jacinto, fui percebendo que as saídas de carro não eram boa ideia.
Invariavelmente um pneu explodia numa qualquer descida da Serra da Arrábida que gostávamos de frequentar.
Ela pela paisagem, eu porque achava que ali os riscos associados à sua má sorte eram mínimos.
Não estava a prever aquela derrocada em Março, mas pronto.

A Rita tornou-se a minha kriptonite.
Tudo corria mal e eu fraquejava, sucumbia à demência, amedrontava-me até quando baixava as calças para mijar atrás de um arbusto, julgando que a qualquer momento dali poderia sair um coiote esfaimado por morangos silvestres.

Antes do Verão já eu andava completamente desnorteado com a Rita e decidido a ganhar coragem para acabar com tudo, no sentido literal de "acabar com tudo".

Enquanto não ganhava tomates para exterminar o resto da horta, tomei algumas precauções perto da Rita.

Assim que a via, batia três vezes num pedaço de madeira, nem que fosse a perna de pau do Custódio, aquela mesmo que foi comida por térmitas dois anos depois numa noite de campismo nos arredores de Marraquexe.

Aos sábados de manhã ia ao campo procurar trevos de quatro folhas e aos domingos, na missa, pedia perdão a Deus para o pecado iminente que ganhava volume no meu pensamento e que consistia em ir à quintinha do avô do Ruben amputar patas de coelho.
Pecado que não cheguei a cometer, descansem os protectores dos animais e os criadores do Bugs Bunny, do Roger Rabbit e o Hugh Hefner que criou o coelho malandro da Playboy.

Na rua, evitava que a Rita se cruzasse à minha frente, em casa retirei os espelhos, na cama evitava posições que me obrigassem a passar por debaixo da escada, digo, por debaixo dela.

Tentei tudo: jogar um dos seus sapatos de salto alto, por cima do ombro, virar 65 budas de costas, pendurar espanta-espíritos, chamar um exorcista e nada, nada, nada.
Nicles.
Rien.

Até que, numa tarde quente de Agosto, a Rita apareceu morta numa mata da Lourinhã.
O corpo boiava numa poça de sangue.
Uma estaca espetada no coração.
Ninguém soube o que aconteceu, o caso está arquivado.

Foi há muito tempo, mas sempre que acontece uma sexta-feira 13, ou um dia de S. Valentim, ou ainda pior quando uma coisa é véspera da outra coisa, não sei porquê, tenho tendência para passar 20 minutos na casa de banho, a lavar as mãos.

12 fevereiro 2009

Toy Story


A
cidade de Setúbal festejou em grande o aniversário do Toy, esta terça-feira, já que o "cantor" decidiu ir jantar fora.

The Sex Files - Ante-estreia


Bem vindos sejam aos "Sex Files" do "Eldorado".
A partir de hoje, todas as quintas-feiras, esta tasquinha passa a servir malaguetas enroladinhas em celulóide, porque se acabaram as salsichas enroladas em couve.
Um petisco só para estômagos fortes, portanto.
Ou para os mais tarados.

A primeira cena, aí em baixo, pertence a um dos filmes da série "Emmanuelle".
Provavelmente, decidido ou decidida a ir espreitar do que se trata, deparou-se com a impossibilidade de visionar toda a envolvência pecaminosa que este prestigiado blog preparou para si.
E isso acontece porque as cenas retiradas do YouTube são consideradas susceptíveis de provocar urticária no Vaticano, pelo que se pede o registo através de login.
Faça isso, então, que eu espero.
Até login.

Já está?
Pois então já sabe que a ante-estreia dos "Sex Files" tem apenas 8 segundos de duração.
Mas são oito segundos levados da breca, c'um catano.

Duas meninas aos beijos no duche, reforçando a importância da amizade.
E de uma boa higiene, já agora.
Íntima.
Daquela higiene íntima em que uma mão lava a outra.
Literalmente.

Para a semana há mais beijos sáficos e banhos de espuma.
Ou gajos nus.
Logo se vê.

11 fevereiro 2009

Grande Penalidade


R
apaz bissexual procura árbitros de futebol para 90 minutos de sodomização nocturna em cemitério municipal.
Tempo suplementar negociado à parte.
Pago em frutas.

O Prédio do Asco


Com muita pena minha não moro em Belém mas no prédio onde ainda vivo tenho a minha dose de velhos do Restelo.
Porque em primeiro lugar eles são mesmo velhos, alguns deles despediram-se pessoalmente de Pedro Álvares Cabral há mais de 500 anos.
E depois porque são avessos à mudança.

Quando escrevo ali acima "avessos à mudança" falo não só porque nenhum deles tem vontade de sair dali para fora, mas porque avanços no bem-estar e na qualidade de vida são para eles uma fonte de transtorno e um acrescento de dores traumáticas a acrescentar às artroses, varizes e bicos de papagaio.

A televisão por cabo chegou ao fim de várias batalhas e com a promessa de que não faltaria pornografia ao velho tarado sexual do 2º esquerdo, o que veio a ser determinante.

As melhorias na canalização ocorreram quando dos canos já saía mais lama do que água.
Juro que cheguei a abrir a torneira da cozinha para ver dali escorrer uma rã e seis girinos que se aninharam com carinho numa alface que estava a lavar para a salada.
Uma família inteira de batráquios que chegou para o almoço.
Se soubesse tinha posto mais carne a descongelar.

Já um mergulho nesse mundo obscuro do perigo e da loucura que representa pôr gás canalizado no 16 3º dto. da Praça da Independência, nem pensar, porque um dia aquilo explode e vai tudo pelos ares, valha-nos Deus, Nossa Senhora, Jesus Cristo, amen.

Tanta preocupação com o gás vem das mesmas pessoas que passam as noites a torpedear a sopa de feijão que sorveram ao jantar, com umas côdeas de pão de Mafra e umas baratas mais suculentas que eles apanharam sabe-se lá onde.

E no que toca a gastar o dinheiro em caixa, as idiossincrasias, minudências, mesquinhices e sobretudo forretices vêm mais depressa à tona que as assinaturas rabiscadas por José Sócrates em tudo o que era projecto, cheques e cuequinhas de fãs.

O telhado deste prédio do asco está a cair mas ninguém ousa pôr a mãozinha na caixa de esmolas e adivinhem vossemecês em que tola vai cair a primeira telha.

Já quanto à pintura da fachada o assunto está resolvido.

Como tintas, pintores e troca-tintas se afiguravam carotes, foi decidido o recurso a formigas africanas munidas de lápis de cor ou em alternativa gastar-se-á algum graveto em cola U-HU para bem engendradas aplicações em papel de lustro.
O Prémio Valmor está no papo.

09 fevereiro 2009

Aos Vossos Lugares


ANTE-ESTREIA ESTA 5ª FEIRA



THE SEX FILES

10 semanas de cinema erótico

Não perca!

Perdidos e Achados no Eldorado 4


N
ão há GPS que os valha.
Continuam a ser aos magotes os totós que vêm parar a este mundo perdido, quando afinal só estão à procura de gajas com grandes mamas.
Eis os últimos casos:


Veio aqui parar mas procurava "Travesti em Torres Vedras"

Foi um tempo que já lá vai. Era mais jovem e menos peludo. O bumbum era empinado e ficava lindamente de saltos altos. Hoje sou um gajo com barriga.
Uma história de vida igual às outras.

Veio aqui parar mas procurava "Fato de Carnaval Flip de Abelha Maia"

Chega de Meninos-Aranha fantasiados por tudo quanto é canto! Ou Zorros!
Neste Carnaval vista o fedelho de gafanhoto.
Elas podem ir de "Vaca Cornélia" e eles de "Lassie".

Veio aqui parar mas procurava "Será que há algum show de Abbacadabra?"

No Reino Unido fez sucesso, mas não sei se vai passar por Portugal.
Como já vi o filme no ano passado só me interessa mais Abba em 2o29.
Ainda assim, não me canso de babar as fotos e os vídeos da loura Agnetha Fältskog, que deu em eremita, coitada.

Veio aqui parar mas procurava "Na cama com o pastor"

Se for para a cama com "O Pastor" dos Madredeus, tudo bem, sabe sempre bem ouvir.
Se for com um pastor da Serra da Estrela, tenha em conta que as ovelhas são um bicho ciumento e enganadoramente dócil. Aquela lã é só para enganar.
Se for para a cama com um pastor da Igreja Universal, tenho a dizer que é uma estranha maneira de lhe ser cobrado o dízimo, mas você é que sabe.

Veio aqui parar mas procurava "Uma história impressionante de sexo"

Cinco horas seguidas com uma brasileira e uma sueca, chicotes, brinquedos, muito chantily...
Não foi nada assim de tão especial!
Sim, foi depois de ter deixado o travestismo, não gozem...

Veio aqui parar mas procurava "Soraia Chaves grávida de Paulo Portas"

Só na piada do filho "Porta-chaves" que mais não é possível porque... porque... enfim, vocês sabem... porque ela passa muito tempo em Madrid.
Sim, é por isso...

Veio aqui parar mas procurava "Quantas peças se usam no xadrez?"

O jogo mais pornográfico do mundo tem 32 peças, 16 brancas e 16 negras.
Em cima de um tabuleiro que faz corar qualquer Salão Erótico, os bispos comem rainhas, os cavalos comem bispos, os bispos comem cavalos e o rei é colocado em xeque por não pôr ordem neste regabofe.

Veio aqui parar mas procurava "Sexo com indianas peludas"

Ui, e quem não procura? Homens e mulheres têm um tesão monumental por indianas de bigode e sovacos generosamente pilosos! Quando vejo aquelas belas indianas peludas tipo mamutes a entoar ladainhas hipnóticas nos filmes de Bollywood, desato a correr para um restaurante indiano que fica aqui ao pé, onde peço um apimentado caril de borrego à bela da empregada, a Mohammir Chaka que, não sei porquê, faz-me lembrar aquela macaca do "Planet of the Apes".

06 fevereiro 2009

2009 - Ano do Guarda-Chuva

Não se deixe enganar pelas carícias do sol esta sexta-feira. O mais certo é começar a chover daqui a pouco, porque este é mesmo... Tcharan!
O Ano do Guarda-Chuva.

Os chineses poderão argumentar que não, que é o Ano do Búfalo, mas experimente abrir um búfalo para se proteger da molhada.
Eu experimentei em 1992, no Missouri, e não dá, garanto.

E em Portugal, nem pensar.
A Carris e o Metroplitano proíbem expressamente a entrada de búfalos-guarda-chuvas nos seus meios de transporte, mesmo que sejam daqueles que se fecham, que se dobram, que se miniaturizam, até ficar do tamanho de uma banana da Madeira.

E no futebol é muito complicado deixar um búfalo-guarda-chuva junto aos agentes de segurança.
É um bicho-objecto que, parecendo que não, afeiçoa-se muito ao dono e não é bonito estar no Estádio da Luz a babar-se pelo voo da águia Vitória, enquanto se deixa o pobre búfalo-guarda-chuva carente de miminhos e alfafa.

Há alguns anos, infelizmente, era comum o abandono de búfalos-guarda-chuvas nas bermas das estradas, só porque tinham um ou outro corno mais retorcido ou já não abriam com a mesma facilidade de antes.
E um búfalo que não abre automaticamente é uma merda.

Esta aviltante prática foi transposta para os dias de hoje.
Contam-se às dezenas os guarda-chuva abandonados pelas cidades, só porque têm uma vareta partida.
O medo que as pessoas têm de vazar uma vista com uma vareta de guarda-chuva é impressionante.

Ou então, ninguém me disse nada, há um incomensurável risco de explosão quando o guarda-chuva sofre uma chapada mais bem dada pelo vento, com direito a mensagem electrónica e tudo...

"Atenção!
Foi detectada uma anomalia no seu dispositivo de protecção de pluviosidade!
Este guarda-chuva vai explodir dentro de 10 segundos!
Abandone-o imediatamente a menos que esteja na Palestina com segundas intenções!"

Agora digam-me lá:
Se procedem assim com os guarda-chuvas normais, como é que podem pensar que vou mandar vir búfalos guarda-chuvas para vocês, grandessíssimos montes de esterco?
Esqueçam!
Bem podem tirar o cavalinho da chuva!

Ou, neste caso, o búfalozito.

04 fevereiro 2009

Inverno Escaldante


Brevemente no Eldorado


THE SEX FILES

10 semanas de cinema erótico

Não perca!

(diz que é para aquecer este Inverno interminável)

03 fevereiro 2009

Novas de Vila-Nova


M
uito mais importante que saber quem é corrupto no caso Freeport, é o de se conhecer, enfim, o nome do rebento de Margarida Vila-Nova.
O gaiato, com 37 dias de vida, continuava a ser apenas "bebé", mas agora, já se sabe, passa a responder pelo nome de "Martim".

Diz que um dos primeiros a saber da Vila-Novidade foi o boss da TVI.

Disse-lhe ela:
- É Martim, Moniz.

E ele, patrão galante:
- Qué frô?

Portugal é fantástico


Este país é fantástico.
O Zé Povinho, na sua infinita sabedoria, entrega-se a pormenores de infinita importância como espreitar para o carro que está ao seu lado, numa fila junto aos semáforos.

Provavelmente, há uma certa esperança de encontrar ali na fila, uma das meninas do "Fama Show", um implicado no escândalo Freeport, ou um jogador do Sporting em estado de embriaguez.

Mais certo será apanhar alguém a extrair um burrié quilométrico de uma narina, ou um ou outro javardola a palitar os dentes ou a esgravatar cera nos tímpanos.

E há sempre as musiquinhas de kizomba em altos berros e motores à compita, assim que o sinal verde dos peões passa a vermelho.
É que o tuga ao volante gosta de mostrar ao vizinho do lado que tem os refexos apurados.
Aquele milésimo de segundo em que nos semáforos, se arranca primeiro que os adversários, representa um importante crédito de confiança para o resto da viagem.

E isto é mais do que certo quando é a testosterona a conduzir, em especial se ao lado uma moçoila abrilhantar o papel de pendura. E se for verão, e a menina tiver saia curta, é provável que o garboso rapazola faça arrancar o chaço com as rodas da frente no ar, no mais belo cavalinho a motor da história das corridas em sinais luminosos.

As meninas, essas, são mais ponderadas, sem reflexos pavlovianos ao sinal verde.
Até porque a maior parte ainda não retocou o baton quando o sinal abre.

Nos semáforos, o condutor português aproveita, enfim, para agarrar no telemóvel e fazer aquela chamada importante mas, 15 minutos depois, a conversa permanece longe do fim, mesmo quando chega a hora de fazer aquela rotunda com cinco faixas.
Pffff!!
Nada que não se faça só com uma mão, enquanto se reduz da 5ª para a 2ª num só movimento de cotovelo, evitando em grande estilo um gato preto, o tipo que entrega o "Destak" e 25 peregrinos.

E afinal de contas, a importante chamada é só para explicar ao colega de serviço como é que ele pode 'downloadar" aquele vídeo da mamalhuda com cinco africanos, antes que o atrasado mental do chefe abandone o paleio com a menina estafeta e o estafe com reprimendas e perdigotos.

Este país é fantástico.
Quando se sente mais abonado, o portuga adora fazer saber que comprou o carro no "stander" a pronto pagamento e trata de o mostrar aos primos, vizinhos e sobretudo à filha boazona do contabilista da empresa, uma míuda de 14 anos, mas que já "amanda um corpinho de 20" e que deve estar no ponto, porque diz que é vegetariana e adora "gurgetes" e "brinjelas", nada de "salchichas" ou "coiratos".

02 fevereiro 2009

O Marinheiro de Pessoa


Na travessia marítima Barreiro-Lisboa, dois benfiquistas, equipados a rigor, pai e filho, o petiz com sete, oito anos, passageiros do catamaran Fernando Pessoa, o que explica o que se segue:

- Pai, porque é que o mar está tão sujo?
- Ah, não... Isso são algas.
- Ah...
E depois muito entusiasmado:
- Eu sei o que são algas!!
- Sim?
- São os cabelos do mar!

Benfiquista e poeta.
Adivinha-se uma vida de sofrimento.

Kafeína Kafkiana


N
o café, com a namorada.

- Eram dois cafés, se faz favor.
- Dois? - pergunta a extenuada empregada.
- Sim.
- São normais?
- Somos.

Novos Malucos do Riso


Piadola enviada por uma ouvinte da rádio onde trabalho:

- Sabiam que a Soraia Chaves está grávida?
- Ann... não.
- E que o pai é o Paulo Portas?
- Ah, sim?
- Sabem como é que se vai chamar o filho?
- Acho que não quero saber...
- Porta-Chaves!!!
- Uau! Hilariante, pá!